Entrevistas

Marina Rodriguez confirma aposentadoria e descarta retorno: “Um ciclo que se encerrou”

Ex-lutadora do UFC e uma das principais representantes brasileiras no peso-palha (52 kg) nos últimos anos, Marina Rodriguez confirmou de forma definitiva sua aposentadoria do MMA profissional. Ela já havia feito o anúncio após a derrota neste último sábado (3) para Gillian Robertson, no UFC Des Moines. Em entrevista exclusiva concedida à reportagem da Ag Fight, a atleta revelou que a decisão é irreversível e que não pretende sequer ouvir propostas de outras organizações.

A gaúcha, que chegou a integrar o top 3 da categoria e venceu nomes como Mackenzie Dern, Yan Xiaonan e Amanda Lemos, destacou os desafios da carreira como fatores determinantes para sua saída do esporte. Em um relato sincero, ela falou sobre o desgaste físico e emocional acumulado ao longo dos anos como lutadora de elite.

“A vida do atleta de MMA é dura, é difícil você ter que manter sempre seu ímpeto e sua vontade lá em cima. Dificilmente você tem momentos bons porque, na maior parte do tempo, é tempo ruim. Se está bom, alguma coisa está errada. Você tem que piorar, sempre deixar a vida do atleta mais difícil e mais penosa, porque dentro do octógono é vida ou morte. Ali só realmente não mata ou não morre porque tem um árbitro, mas quem está ali, está com esse intuito”, ressaltou Marina.

A ex-atleta encerra sua trajetória com um cartel respeitável, marcada pelo estilo agressivo, técnica refinada na trocação e grande resistência mental. Embora tenha flertado com a elite do peso-palha, optou por se despedir do octógono em seus próprios termos, com uma visão realista sobre os sacrifícios exigidos pelo esporte.

“E eu passei por tudo isso e com maestria. Aguentei tudo o que tinha para aguentar de pressão porque me tornou a atleta que eu sou hoje. Quando eu decidi que ia parar de lutar, é realmente parar de lutar. Levar soco na cabeça todos os dias não é fácil. A galera que está de fora acha que é só treinar e lutar. Mas o treinar envolve muita coisa. Muita disciplina em todos os aspectos: comportamento, dieta e responsabilidade com o treino. Acredito que foi um ciclo que se encerrou agora. Não pretendo lutar, não pretendo mais trabalhar como atleta profissional”, decretou.

Carreira no UFC

Rodriguez iniciou sua trajetória na organização em 2018, após se destacar no Dana White’s Contender Series Brasil. Durante sua passagem pelo Ultimate, acumulou sete vitórias, seis derrotas e dois empates, chegando a figurar entre as três melhores da divisão dos palhas. Com atuações consistentes e um estilo técnico na luta em pé, consolidou-se como uma das principais brasileiras no MMA antes de anunciar sua aposentadoria definitiva do esporte, aos 38 anos.

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