Promessa do MMA nacional, Maria Oliveira se prepara para fazer sua segunda aparição no UFC. Neste sábado (18), no Texas (EUA), a atleta enfrenta Gloria de Paula pelo peso-palha (52 kg) e não esconde sua empolgação para o embate. Tanto que a representante da equipe PRVT projeta até a conquista de um dos bônus do evento.
Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight, Maria ignorou o revés em seu último combate, realizado em outubro, e esbanjou confiança para a luta contra ‘Glorinha’. A atleta revelou que a derrota para Tabatha Ricci a tirou de sua zona de conforto, ou seja, a forçou a evoluir no MMA.
Agora, a carioca se considera preparada para o duelo e, por mais que a oponente possua bom nível na trocação, questiona se a mesma vai manter a postura de striker, já que também se sente à vontade no setor. Ciente da qualidade de ‘Glorinha’ e confiante em sua melhora, Maria afirma que o confronto entre elas não tem a devida atenção dos fãs, mas avisa que vai surpreender positivamente devido ao estilo de luta agressivo de ambas.
“A preparação foi muito boa. Fiz um camp intenso, estou feliz e isso importa muito. Minha cabeça está boa. Já tive problemas com isso. Me preparei dentro e fora do tatame. Foi uma preparação perfeita, sem erros. Estou animada. Tenho que ir lá, lutar, fazer o meu. É isso que vou fazer. Conheço a Glorinha. Ela é uma atleta completa, a acho muito boa, mas o pau vai torar. Acho o estilo dela bom para o meu, mas acho que ela não vai querer trocar. Estou preparada para tempo ruim o tempo todo. Se ela quiser trocar, a gente vai trocar, mas se ela quiser chão, também vou dar um show. Estou confiante. O ponto forte dela é a luta em pé, ela bate rápido e quero explorar isso nela. Quero que a gente se mate ali dentro, vai que a gente ganhe o bônus de luta da noite?”, declarou a promessa do MMA.
Curiosamente, em sua segunda luta no UFC, Maria vai encarar outra atleta brasileira. E, se dependesse da lutadora, seu início na maior organização de MMA do mundo seria diferente. A carioca abre o jogo e deixa claro que não aprova tal tática de colocar duas profissionais do mesmo país uma contra a outra em sequência, uma vez que o peso-palha oferece mais opões do que as demais categorias.
De acordo com Maria, é complicado lidar com lutadores brasileiros, porque os profissionais do país no MMA costumam ser incansáveis. Sendo assim, a atleta projeta um combate equilibrado contra sua compatriota ‘Glorinha’ no UFC.
“Já falei isso para o UFC. Eu, particularmente, falo que a luta contra uma brasileira é sempre difícil. Por que você não gosta de lutar com brasileiras? Não só pela torcida dividida, não só por ser brasileira, mas porque o povo brasileiro em si tem dificuldade em ter as coisas. Nada é fácil. O brasileiro, quando quer, vai até o último momento, se mata no octógono por tudo. O americano não? Sim, mas para o americano é mais fácil, é diferente. Então, eu refiro lutar contra americanas, asiáticas”, concluiu.
Maria Oliveira, de 25 anos, iniciou sua caminhada no MMA em 2015 e estreou no UFC em 2021. Apesar da pouca idade, a atleta possui certa experiência no esporte. Seu cartel profissional é composto por 12 vitórias, sendo oito pela via rápida, e cinco derrotas.