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Louis Grasse/PxImages

Entrevistas

Mackenzie Dern revela foco em ser a primeira lutadora a finalizar Tecia Torres

Neste sábado (9), na Flórida (EUA), Mackenzie Dern tem importante compromisso no UFC 273. No evento, a especialista em jiu-jitsu enfrenta a veterana Tecia Torres e tem a missão de defender sua quinta posição no ranking do peso-palha (52 kg) e, consequentemente, retornar ao caminho das vitórias. Mas a atleta também possui um objetivo particular.

Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight (veja acima ou clique aqui), Mackenzie revelou ter a meta de ser a primeira lutadora a vencer Tecia pela via rápida. No MMA desde 2012, ‘The Tiny Tornado’ nunca foi finalizada ou nocauteada. Ciente da importância do duelo, a especialista em jiu-jitsu mostrou que estudou a adversária ao fazer uma análise completa de sua jornada no UFC. Como possuem estilos de luta diferentes, a atleta indica que tal característica é fundamental para tornar o combate empolgante. Vale pontuar que Mackenzie aposta na técnica no solo e no poder de seus socos, enquanto Tecia se destaca no octógono pelo condicionamento físico acima da média, pressão constante e volume de golpes.

“Meu objetivo é ser a primeira a finalizar a Tecia. Ela nunca perdeu por nocaute ou por finalização. Com certeza. O estilo da Tecia é de volume, ela é rápida, o apelido dela é ‘Tornado’, porque coloca muita pressão nas meninas, muito soco. Acredito que não é necessariamente pesado, ela é uma das menores atletas da categoria, é mais leve, mas é muito volume. Ela é uma pioneira da categoria, praticamente lutou com todas as meninas. Ela é aquela lutadora que é boa em tudo, a maioria das lutas é por decisão, tem experiência, estratégia, tenta derrubar faltando dez segundos, mesmo sendo striker, para roubar o round. Eu ando para a frente, sou do jiu-jitsu, mas não tenho medo de soltar minha mão. A parte do meio, que são as quedas, não é meu ponto forte. Não gosto muito do wrestling. Meu jeito de entrar é soltando a mão mesmo, levar para o chão e acabou. Não tem como essa luta ser chata. Ela tem que pontuar, botar essa pressão e eu preciso dessa pessoa que venha comigo. Vai sair faísca dessa luta, com certeza”, declarou a lutadora.

Em suas últimas atuações, Mackenzie apresentou melhora na trocação, porém, para o confronto com Tecia, mencionou o grappling como opção mais viável para conquistar a vitória. Humilde, a especialista na luta agarrada admitiu estar longe de apresentar um jogo em pé confortável para lidar com as melhores atletas do peso-palha. Como se considera inferior na área contra a atual oponente, a profissional cita o jiu-jitsu sendo preponderante para conter o ímpeto da mesma e, assim, frustrá-la no octógono.

“Com certeza, você vai ver a Mackenzie grappler contra ela. Ela tem muito mais experiência do que eu contra outras strikers e eu perdi para uma striker. A Marina é mais alta, tem o alcance maior e a Tecia é mais do meu tamanho. Ela é uma menina que, para eu ficar trocando, é mais fácil, porque para encurtar a distância, ainda não estou nesse nível. Estou melhorando, não é que eu seja ruim, mas a trocação também tem seus níveis. Primeiro, é aprender a socar direito, depois é aprender a se movimentar, encurtar, saber a distância, ainda não tenho tudo na cabeça, tudo rápido, é muita coisa ainda. Meu plano não é de ficar lá trocando com ela por três rounds. Ela que tem essa experiência pode levar a vitória por decisão. Acredito que é isso que ela quer, mas não quero isso. Quero que ela me respeite. Vendo as lutas dela, agora que vem com três vitórias, ela não respeitou as adversárias. Ela foi para cima e eu quero quebrar isso, tirar essa confiança dela e falar, ‘Eu é que vou ganhar essa luta’. Ela vai ficar correndo atrás, porque vou botar pressão. Vai ficar ruim para ela”, concluiu.

Jornalista formado, especializado em MMA. Também acompanho boxe, boxe sem luvas, boxe de celebridades e WWE.

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