No dia 25 de novembro, Larissa Pacheco fez história ao se tornar a primeira mulher a derrotar Kayla Harrison no MMA profissional. Mas o feito da paraense parece ter passado despercebido por Donn Davis, presidente da companhia. Dias após o combate, o cartola ignorou o revés da judoca americana e ofereceu uma quantia milionária para realizar uma superluta entre a agora ex-campeã e Cris ‘Cyborg’. Chateada com a situação, peso-leve (70 kg) de 28 anos destacou que é a sua vez de protagonizar duelos desta magnitude.
Em entrevista exclusiva à equipe de reportagem da Ag Fight, Larissa admitiu que soube da proposta pública do presidente do PFL através da imprensa, e não via contato direto com a liga em que atua. Campeã, a brasileira opina que provou seu valor para merecer a oportunidade de representar a empresa em eventuais superlutas no lugar de Kayla.
“Infelizmente fiquei sabendo disso pela mídia. Fiquei chateada, óbvio. Se ele está falando de superlutas e incluindo a Kayla, ele também tem que me incluir, a organização tem que me incluir, porque mostrei o que sou capaz de fazer. Está na hora de me incluir nesta jogada, estou à disposição delas, da organização. Eu só quero meu valor, não quero nada que não mereça. Depois dessa última luta eu mostrei que mereço muito”, avaliou a paraense.
Ao todo, Donn Davis investiria cerca de R$ 20 milhões para tirar do papel uma possível luta entre Harrison e Cyborg. De olho em grandes desafios, Larissa se colocou, atualmente, no mesmo patamar da striker curitibana e demonstrou interesse em medir forças com a compatriota no futuro.
“Com certeza, ela é uma grande atleta. Foi uma inspiração para mim, nunca tive muitos ídolos. Mas sempre a vi em um lugar que eu queria alcançar. E alcancei. Estou no mesmo patamar que ela, acredito. Sou a bola da vez, tem que dar essa chance para mim. Eu que deveria fazer essa superluta (com a Cyborg). Estou à disposição, só precisam aceitar”, cobrou Larissa.
A recente vitória na final do ‘GP’ do PFL foi o terceiro confronto de Larissa contra Kayla. Nas duas primeiras oportunidades, em maio e dezembro de 2019, a judoca americana levou a melhor por decisão unânime dos juízes.