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Entrevistas

Kleydson admite ter sentido pressão na estreia, mas promete “grande luta” no UFC 284

Depois de impressionar Dana White no ‘Contender Series’ e ganhar um contrato com o UFC, em setembro de 2021, Kleydson Rodrigues chegou ao maior evento de MMA do mundo cercado de expectativas. Na sua estreia pela entidade, pouco mais de seis meses após ser contratado, o peso-mosca (57 kg) mostrou muitos dos atributos que o alçaram ao posto de grande promessa do Brasil no esporte, mas não foi o suficiente para convencer todos os três juízes laterais responsáveis por pontuar o combate contra CJ Vergara, que deram a vitória para o americano na decisão dividida. Agora, prestes a voltar ao octógono, ‘KR’ tem o diagnóstico e o antídoto para evitar que o resultado negativo se repita.

Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight, o atleta da equipe ‘Team Nogueira’ admitiu que sentiu a pressão de estrear no UFC, especialmente em um evento numerado da organização, onde normalmente a atenção da mídia e dos fãs é ainda maior. Ex-campeão do ‘Jungle Fight’, Kleydson ainda destacou a diferença em relação ao nível de competição encontrado por ele ao chegar no Ultimate.

“Para lutar no UFC, o cara tem que estar muito bem psicologicamente. Acredito que eu senti um pouco a minha estreia, ainda mais por ser uma estreia em um evento numerado, com bastante público. Claro, eu já lutei em eventos grandes. Mas não se compara. O UFC é muito grande, tem uma estrutura enorme e para quem não está acostumado, você sente (a pressão)”, reconheceu o peso-mosca, antes de comparar o nível dos rivais dentro e fora do UFC.

“Não tirando o mérito dos (adversários) que eu já enfrentei, os caras são muito duros também, mas pelos lutadores do UFC terem uma estrutura melhor, um treinamento melhor, eu acho que isso influencia muito no atleta. E os atletas do UFC são outro nível (comparados aos de outras organizações)”, afirmou.

A declaração, vista de fora, pode até surpreender as pessoas que acompanharam a primeira apresentação do lutador natural de Laranjal do Jari, no Amapá, dentro do octógono do Ultimate – já que ‘KR’ mostrou bastante desenvoltura e atrevimento no combate contra CJ Vergara, duas de suas principais características – e poderia, até mesmo, ter saído com a vitória. Porém, o peso-mosca garante que ainda tem muito mais a mostrar dentro do cage e prometeu fazê-lo neste sábado (11), no card do UFC 284, diante do australiano Shannon Ross.

“Faltou eu ficar mais a vontade. Acredito que essa pressão (da estreia) fez com que eu não soltasse o jogo. Mas agora eu estou muito bem, com a cabeça muito boa e eu tenho certeza que eu vou fazer uma excelente luta. Só tenho que ser eu mesmo, ficar tranquilo. Claro, agressivo como sempre, e fazer o que eu sempre fiz. Soltar o meu jogo: soco rodado, chute rodado, se for preciso colocar para baixo e tentar finalizar, porque é disso que eu gosto, eu sou um cara bastante agressivo, e sou imprevisível também”, finalizou ‘KR’.

No MMA profissional desde 2015, Kleydson Rodrigues é dono de um cartel de sete vitórias, cinco delas pela via rápida, e apenas duas derrotas, ambas na decisão dividida dos juízes. O peso-mosca vai em busca de seu primeiro triunfo no Ultimate neste sábado, quando medirá forças com Shannon Ross, no card preliminar do UFC 284, na Austrália.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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