Em janeiro, o Ultimate encorpou seu plantel feminino com um reforço e tanto: Kayla Harrison. Bicampeã olímpica de judô e duas vezes campeã do GP da PFL, a americana chegou à principal organização de MMA do mundo com status de estrela. Em sua estreia, no centenário card do UFC 300, a judoca justificou o ‘hype’ ao atropelar Holly Holm. A partir dali, muitos fãs apontavam como certa uma escalada da atleta da ‘American Top Team’ até o topo da categoria dos galos (61 kg). E parece que a própria possui a mesma impressão, já que definiu a conquista do cinturão da liga presidida por Dana White como “questão de tempo”.
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Em entrevista exclusiva à equipe de reportagem da Ag Fight, Kayla destacou que compreendeu o lado do Ultimate em oferecer mais um combate para ela antes do tão almejado ‘title shot’ no peso-galo. Neste sábado (5), no UFC 307, em Utah (EUA), a americana, número 3 no ranking da divisão, encara a brasileira Ketlen Vieira, segunda colocada. Com planos futuros bem traçados, Harrison já projeta dominar não somente sua próxima rival, como também a vencedora do embate entre Raquel Pennington e Julianna Peña, que duelam pelo cinturão da categoria no ‘co-main event’ do show.
“A Julianna fala demais. Mas a única pessoa que gosta de ouvir é ela mesma. Ela é irritante. É melhor que seja (luta por título em seguida). É só questão de tempo, estou chegando. Eu entendo, só tive uma luta no UFC, acredito no plano deles, eles estão tentando construir algo, fazer os fãs se acostumarem comigo. Então vou lá amassar a Ketlen no sábado, ganhar ainda mais fãs e depois destruir completamente a Julianna ou a Raquel, tomar o cinturão. E a partir daí, estarei apenas começando”, projetou Kayla.
Análise da rival brasileira
A autoconfiança de Harrison se justifica devido a todas as credenciais e legado construído nos esportes de combate. Mas a segurança em si própria não impede a judoca de reconhecer os méritos de suas adversárias. E com Ketlen Vieira não é diferente. Apesar de se considerar “melhor em tudo”, Kayla destaca a experiência da brasileira no MMA, assim como seu background na luta agarrada.
“As brasileiras são duras. Acho que a Ketlen é uma ótima lutadora, é bem completa. Ela é faixa-preta de judô e jiu-jitsu, tem experiência e me parece uma menina grande e forte. Mas eu sou isso tudo e mais. Sou maior, mais forte, mais rápida. Sou bicampeã olímpica, minhas finalizações são de elite, minha trocação tem evoluído incrivelmente. Eu apenas sou melhor em todos os lugares (da luta)”, analisou a americana.
Com um histórico brilhante nos tatames enquanto competia judô, Kayla decidiu migrar para o MMA profissional em 2018 e, desde então, vem construindo uma trajetória de respeito. São 17 vitórias e apenas uma derrota no cartel dentro da modalidade. Seu único revés veio para Larissa Pacheco, oponente que encarou três vezes na PFL e venceu em duas oportunidades.