Depois de anunciar sua aposentadoria do MMA profissional pela segunda vez na carreira, em maio deste ano, José Aldo teve a oportunidade de se despedir pessoalmente do seus fãs mais fiéis. Conhecido como o ‘Rei do Rio’, o ex-campeão e Hall da Fama do UFC – nascido em Manaus (AM) e radicado no Rio de Janeiro (RJ) há anos – marcou presença no show realizado pelo Ultimate na ‘Cidade Maravilhosa’ no último sábado (11) e recebeu uma merecida homenagem. Mas, apesar do carinho recebido do público carioca, o ‘Campeão do Povo’ – outra de suas alcunhas – está convicto de sua decisão.
Durante a realização do UFC Rio, o ex-campeão foi chamado para fazer sua última entrada na organização. Depois de caminhar pelo corredor que o levou tantas vezes para suas lutas, entre os fãs, o manauara subiu no octógono e, emocionado, deixou suas luvas no chão – um gesto simbólico que ficou conhecido no meio como uma forma dos lutadores encerrarem suas carreiras. Em entrevista exclusiva à equipe de reportagem da Ag Fight, Aldo exaltou a homenagem recebida por ele – a qual também pôde compartilhar com sua esposa e filha – mas descartou qualquer possibilidade de voltar atrás na sua decisão novamente e abandonar a aposentadoria para retornar às competições.
“Emoção muito grande, felicidade, mas eu não me vejo mais lutando. Poderia ter parado naquela luta contra o Jonathan (Martinez), mas eu queria ser campeão (peso-galo), queria pelo menos tentar chegar a disputar o título, esse era o meu maior objetivo naquele momento, mas eu não pude. Fiz duas apresentações que não foram muito boas, e vi que não adianta eu treinar muito bem, em alto rendimento – treinava, dava duro, finalizava todo mundo nos treinos, mas chegava na luta, eu não tinha o mesmo vigor, a mesma explosão. Então, se não é mais hora para eu lutar, eu preciso passar para o outro lado, virar um pai de família, um amigo de treino, poder ajudar todos os atletas nossos também… A emoção é muito grande, mas lutar eu não sinto nada (vontade de voltar)”, afirmou o Hall da Fama.
Treinador?
Agora, apesar de estar oficialmente aposentado, José Aldo admite que vai ser difícil se manter longe do esporte que o tornou um dos maiores ídolos nacionais de sua geração. No entanto, ainda que tenha a vontade de auxiliar seus companheiros de equipe na ‘Nova União’, o ex-campeão do UFC rechaça a possibilidade de se tornar treinador em tempo integral.
“Acho que o Dedé (Pederneiras) esperava isso, o paizão. Ele esperava que eu continuasse lá na academia, mas eu disse ‘não, vou sair um pouco do cenário da luta’. Estou estudando… A Ketlen (Vieira) está comigo porque eu fiz um pacto com ela, digamos assim. Eu devo isso a ela. Então, toda terça, quinta e sábado eu estou treinando ela, para as próximas lutas dela. Isso não tem como fugir, estou lá ajudando. Mas, não, vou ajudar a Ketlen agora e depois, (mas) vou seguir outro caminho, tenho outros planos para o meu futuro (risos). Sempre vou estar na luta, porque é a minha vida e não tenho como fugir disso, mas eu tenho outros planos”, concluiu.
Histórico no MMA
Aos 39 anos de idade, José Aldo encerra sua carreira no MMA profissional com um cartel de 32 vitórias e dez derrotas. Durante seu auge, o brasileiro dominou a divisão dos penas (66 kg), da qual foi campeão do WEC e do UFC, neste evento em duas ocasiões. O manauara, que ficou conhecido pelos apelidos de ‘Campeão do Povo’ e ‘Rei do Rio’, também foi induzido ao Hall da Fama do Ultimate, em 2023, quando ainda estava afastado dos octógonos após anunciar sua aposentadoria pela primeira vez.
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