No dia 2 de outubro, Johnny Walker vai ter uma chance de ouro para se aproximar do topo da categoria dos meio-pesados (93 kg) do Ultimate. O brasileiro mede forças com Thiago ‘Marreta’, na luta principal de um evento que ainda não tem sede definida oficialmente, mas deve acontecer em Las Vegas (EUA). Por encarar um ex-desafiante ao cinturão da divisão, o lutador reforçou o valor do combate para se firmar como um postulante ao título.
No UFC desde 2018, depois de fazer sucesso no ‘Contender Series’, Johnny Walker já fez seis combates pela organização, mas, até o momento, não havia encarado nenhum adversário do status de ‘Marreta’. Portanto, em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight (clique aqui ou veja acima), o carioca comemorou ter a oportunidade de encarar um rival renomado para mostrar seu valor e sua evolução como lutador.
“Com certeza (é a luta mais importante no UFC). As próximas lutas sempre serão as melhores quando você cresce na organização. Depois dessa, ganhando, a próxima será mais importante, subindo no ranking. Agora eu sou o número dez e o UFC deve gostar de mim, porque me deu o número quatro. Quando ganhar dele, mais uma ou provavelmente duas, chego até o cinturão. É o que eu queria e estava precisando”, afirmou Walker, que vem de vitória sobre Ryan Spann, em combate realizado em setembro de 2020.
Além de colocar frente a frente dois brasileiros do top 10 dos meio-pesados, o duelo entre Walker e ‘Marreta’ também é marcado por dois competidores que têm a trocação como principal arma. Por isso, a expectativa é que o confronto seja explosivo e todo voltado para essa área. Ciente dessa situação, Johnny, que desde 2020 tem treinado no time SBG Ireland, o mesmo de Conor McGregor, destacou que o público pode ver uma versão sua mais técnica e precisa na parte em pé para fazer um alerta ao oponente.
“Os fãs podem esperar uma luta muito boa. Não vou dizer que vou trocar porrada com ele por cinco rounds, mas vou tentar finalizar a luta do primeiro round até o fim. Podem esperar um Johnny Walker mais maduro, mais experiente, inteligente e preciso. Vou ser igual a um ‘sniper’. Quando acertar vai ser aquela para desligar. É não desperdiçar golpes, sem gastar energia. É ter a certeza que todo golpe que jogar vai aterrissar nele, vai machucar. Todos os golpes que jogar vão ser para machucar”, afirmou, emendando.
“Tenho que estar pronto para tudo. Não vamos lutar K-1, muay thai. Então estou pronto para qualquer tipo de situação que ele jogar. Eu sou completo, luto no chão, em pé. Gosto da trocação, mas pouca gente sabe que sou faixa-marrom de jiu-jitsu, treino muito wrestling. Posso colocar para baixo e terminar com a luta no chão. Eu me divirto e gosto da trocação, gosto de nocautear as pessoas”, completou o atleta.
Johnny Walker iniciou sua trajetória no UFC em 2018 e causou impacto no mundo das artes marciais mistas ao aplicar nocautes relâmpagos em suas três primeiras lutas. Contudo, o carioca perdeu o hype ao ser derrotado por Corey Anderson e Nikita Krylov. O atleta voltou ao caminho das vitórias contra Ryan Spann, em setembro de 2020, e, dessa forma, passou a ocupar a décima posição no ranking dos meio-pesados.