Em entrevista exclusiva ao canal Direto de Vegas, novo projeto da Ag Fight, o meio-pesado (93 kg) Johnny Walker detalhou os motivos do distanciamento em relação ao irmão, Valter Walker, também atleta do UFC. Segundo o lutador, a relação entre eles permanece próxima, porém marcada por comportamentos que geraram desgaste, especialmente no âmbito familiar.
Atualmente vivendo em Las Vegas (EUA), enquanto o caçula reside na Rússia, o brasileiro explicou que a distância física não é o principal fator da ruptura momentânea. Ele apontou episódios de “falta de respeito” em entrevistas públicas, envolvendo comentários sobre seus familiares, como determinantes para o clima tenso entre os dois.
“Ele falou da minha mãe. Minha mãe é cristã, né, bem certinha. A gente é filho do mesmo pai, mas de mães diferentes. Aí ele fica falando nas entrevistas: ‘Meu pai c*** a mãe do Johnny’. Beleza, mas é uma falta de respeito falar isso online. Ele falou da minha mulher também, que, se eu perco a última luta, minha mulher ia me largar por um MC negão. Sei que é brincadeira, porque eu sei que ele tem um senso de humor horrível, brinca com deficiente, mas só faz merda. É o jeito dele, são as brincadeiras dele. Mas muita gente não entende, as pessoas mais sérias ficam muito ofendidas. Não me ofende e nem me deixa bolado, mas machuca as pessoas que eu amo e isso as está afetando”, afirmou o meio-pesado.
Proibido
O atleta destacou ainda que, por conta desses episódios, o irmão não é mais bem-vindo em sua casa no momento. No UFC 323, Bogdan Guskov — parceiro de equipe do peso-pesado — lutará no card que acontece justamente em Las Vegas, onde Johnny reside, e admitiu que talvez sequer possam tomar um café juntos durante a passagem pelos Estados Unidos.
“Minha mulher não deixa nem ele chegar perto lá de casa. Se um dia ela perdoar, as portas estarão abertas. Não sei nem se posso tomar um café com ele agora. Está brabo”, completou.
Apesar das tensões, o meio-pesado garantiu que não há um rompimento definitivo entre os dois. Pelo contrário, descreveu o familiar como alguém talentoso, porém ainda imaturo, e destacou que continua oferecendo orientação sempre que pode.
“O problema é que ele é um pouco inconveniente. Às vezes me escuta, às vezes não. Tem um egozinho, tenta fazer as coisas sozinho e se complica. Mas ele está indo bem, só precisa amadurecer. Eu sempre dou um conselho pra ele, e ele me escuta também”, explicou.
Amor fraterno
O lutador reforçou que o comportamento explosivo e o humor controverso do jovem, especialmente nas redes sociais, geram repercussões que ele próprio não percebe. Ainda assim, garantiu que segue disposto a guiá-lo para evitar que se envolva em problemas maiores.
“Ele é um moleque bom, de coração bom. Só tem que amadurecer um pouquinho, mas está indo bem. E eu não vou deixar ele fazer m***, não. Sempre dou um conselho pra ele. Ele me escuta também”, completou.
Mesmo com o momento turbulento, o veterano deixou claro que torce pelo sucesso do irmão no UFC. Ele acredita que o relacionamento pode ser reaproximado no futuro, desde que haja mais respeito e maturidade de ambas as partes.
Siga nossas redes sociais e fique ligado nas notícias do mundo da luta: X, Instagram, Facebook, Youtube e TikTok