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Marcos Santos/Divulgação/Future FC

Entrevistas

John Allan explica motivo de ter aceitado duas lutas simultaneamente no UFC

Após mais de um ano sem lutar, período em que cumpriu suspensão por testar positivo em um exame antidoping, John Allan vai retornar ao Ultimate – e em dose dupla. De início, o brasileiro teve sua luta confirmada para o dia 21 de novembro, no UFC 255, diante de Roman Dolidze. Um dia depois de assinar o contrato, o lutador viu a possibilidade de substituir Gerald Meerschaert e encarar Ed Herman no evento marcado para o dia 12 de setembro, em Las Vegas (EUA), e também aceitou o desafio.

Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight, o meio-pesado (93 kg) explicou como foi o processo de negociação para fechar dois combates em dois meses. Por ser parceiro de treino de Jennifer Maia, o lutador pediu para estar no mesmo evento da amiga, que no dia 21 de novembro encara Valentina Shevchenko pelo cinturão peso-mosca (57 kg) do UFC. Apesar do pouco tempo de descanso entre as lutas, John garantiu ter motivo de mirar o desafio duplo.

“Venho treinando muito e evoluindo. Quero mostrar meu trabalho. Estou me sentindo bem pronto e tenho uma equipe toda por trás. Vimos que dava para fazer e por isso aceitamos. Não escolho luta, já deixei isso bem claro. Bateu peso, recebeu a bolsa, eu saio na porrada com qualquer um. Já vinha mantendo meu peso baixo porque sabia que poderia aparecer uma luta de última hora devido à COVID-19. Estou pronto. A gente é louco, mas não é burro. Se aceitamos é porque encaixa no planejamento. Estou no meu peso perto da categoria e 20 dias é suficiente para bater o peso, para fazermos uma boa luta”, explicou Allan, antes de adiantar como vai trabalhar seu camp com dois adversários em sequência.

“A gente está com contrato assinado para duas lutas, mas meu foco é no dia 12. Depois vamos pensar no que vamos fazer. Vou trabalhar para fazer uma vitória e depois penso no que vem depois. Acho que é só questão de mudar um pouco de estratégia de um para o outro, mas estou pronto para encarar qualquer um”, concluiu.

John Allan fez sua estreia no UFC em julho de 2019, quando derrotou Mike Rodriguez por decisão unânime dos jurados. No entanto, seu triunfo foi revertido para ‘No Contest’ (luta sem resultado), por o brasileiro ter testado positivo em um exame antidoping com metabólitos do hormônio e modulador tamoxifeno, substâncias proibidas. O brasileiro admitiu a frustração ao receber a punição, mas apontou um lado positivo dessa história.

“Foi frustrante porque não fizemos nada de errado e nem estávamos no UFC. Essa substância foi usada dois meses antes. Entendo o rigor da USADA, tem que ser assim mesmo, mas não tínhamos usado para ganho de performance, nem nada do tipo. Tive até um pouco de azar porque fiz um teste 15 dias depois e a substância nem estava mais no meu corpo. Era o final do final dela mesmo. Fui testado pra outras drogas e não encontraram nada. Serviu de aprendizado e agora é pensar para frente”, completou.

No MMA profissional desde 2012, John Allan, de 27 anos, acumula 13 vitórias, cinco derrotas e um “No Contest” em seu cartel. Esse combate sem resultado foi justamente em sua última apresentação, diante de Mike Rodriguez em que foi flagrado no teste antidoping. O brasileiro também chegou a participar da edição brasileira do Contender Series, em 2018, mas foi superado por Vinicius ‘Mamute’.

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