Neste sábado (23), em Las Vegas (EUA), Jéssica Andrade retorna para a divisão que conhece como poucas lutadoras. ‘Bate-Estaca’ recomeça sua jornada no peso-palha (52 kg) e lidera o card do UFC Vegas 52 junto de Amanda Lemos, promessa do MMA nacional. Empolgada com a atual aventura, a brasileira, ex-campeã da categoria, já projeta reencontros com grandes nomes do esporte.
No passado, Jéssica lidou com Joanna Jedrzejczyk, Rose Namajunas e Zhang Weili e teve trabalho no octógono. Curiosamente, em seu retorno ao peso-palha, a brasileira ainda vê o trio em destaque. Ao descer do peso-mosca (57 kg), ‘Bate-Estaca’ não se encontra ranqueada na atual categoria, mas, como é um grande nome da história dela, deve se aproximar das rivais no topo da divisão, em caso de vitória sobre Amanda, no sábado.
Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight (veja acima ou clique aqui), a ex-campeã do UFC garantiu não ser a mesma lutadora conhecida apenas por sua brutalidade, mas reconheceu que a americana e a chinesa também evoluíram no MMA. No registro, Jéssica possui uma vitória e uma derrota contra Rose e um revés diante de Zhang, porém assegura que está mais experiente e preparada para encarar as atletas novamente.
“São três adversárias duras, mas melhorei bastante também minha questão técnica, de esquiva, que era algo que eu não tinha. Costumo dizer que estou sempre em evolução. Vi que a Rose teve evolução na parte de chão. Ela sempre foi boa, mas vem usando mais isso. Na última luta dela com a Weili, ela chutou mais a cabeça, as pernas, então deu para ver que melhorou isso. A Weili, pelos vídeos de treino, também melhorou bastante. Dá para ver uma diferença gigantesca nela tanto de força, quanto de velocidade e de gás”, analisou a ex-campeã do UFC.
Se Jéssica elogiou Rose e Zhang, o mesmo não se aplicou em relação a Joanna. É bem verdade que ‘Bate-Estaca’ perdeu para a polonesa, em 2017, quando esta era campeã do peso-palha do UFC, porém ressaltou que a veterana não lhe impressionou na comparação com as demais profissionais de elite da categoria. Vale pontuar que ‘Queen of Violence’ atuou pela última vez no octógono em 2020 e até flertou com uma possível aposentadoria do MMA.
“A Joanna foi a única, na minha visão, que continuou do mesmo jeito, não mudou muito. Não evoluiu nada, é a mesma Joanna de sempre, que toca, que bate, corre, sai. Ela é a mesma e não tem a mesma contundência que a Rose e que a Weili têm”, concluiu.