Depois de quase um ano de inatividade, Jamahal Hill volta a competir neste sábado (18), no UFC 311. O ex-campeão dos meio-pesados (93 kg) medirá forças contra Jiri Prochazka, em um duelo válido pelo card principal, que pode colocar o vencedor em uma situação privilegiada pelo próximo ‘title shot’ da categoria. Ciente disso, ‘Sweet Dreams’, como é conhecido, admitiu que, se pudesse escolher, optaria por protagonizar uma revanche contra Alex Poatan em uma eventual disputa de cinturão futura.
Em entrevista exclusiva à equipe de reportagem da Ag Fight, Hill reforçou que sua principal meta é recuperar o cinturão que já foi seu. Mas, atento a um provável confronto entre Poatan e Magomed Ankalaev pelo título, que pode ser anunciado em breve, o americano revelou sua preferência pelo oponente brasileiro, dado o histórico estabelecido entre ambos. Em abril de 2024, no UFC 300, Alex Pereira nocauteou Jamahal ainda no primeiro round, em um dos momentos mais icônicos daquela temporada.
“Seria uma boa forma (do UFC) lidar com isso, porque somos os números 2 e 3 do mundo. Então eu diria que quem vencer essa luta e fizer isso com uma boa performance, se coloca em uma boa posição para conseguir o próximo ‘title shot’. Normalmente, rival não importa para mim. Me sirva um prato que eu vou pegar meu garfo, faca e guardanapo e me preparar. Mas se eu tivesse que escolher entre os dois (Poatan e Ankalaev), obviamente eu possuo um histórico com o Alex, essa é a luta que eu quero. Mas só posso focar nas coisas que consigo controlar”, destacou Hill.
Nada pessoal contra o brasileiro
Quando se consagrou campeão do Ultimate, no card sediado no Rio de Janeiro, em 2023, Jamahal derrotou o amigo e mentor de Poatan no MMA, Glover Teixeira. E, para além do confronto direto entre os dois travado no UFC 300, o americano ainda protagonizou uma discussão acalorada com o brasileiro nas dependências do Instituto de Performance da companhia, em dezembro de 2024. Apesar do histórico de desavenças, Hill ressaltou que não possui nada pessoal contra Alex, além de ressaltar que promover tal rivalidade faz parte do negócio.
“Na verdade, não (é algo pessoal com o Poatan). Para mim, é mais sobre ser visto. Sou um competidor, estou aqui. Não sou tímido para dizer que confio em mim mesmo, nas minhas habilidades. Não passa disso. Faz parte do trabalho. Se realmente fosse tão sério e pessoal, eu não falaria nada, não teria nada a ser dito, seriam apenas socos. Mas é apenas um trabalho. De onde venho, rixas como essas são de verdade e bastante perigosas. Não houve nada de perigoso, foi mais para alertar o outro competidor de que ainda estou aqui. Estive lesionado e incapaz de falar com minhas habilidades, então passei a falar com as palavras”, explicou o falastrão americano.
Atual número 3 do ranking, Hill terá a chance de roubar a segunda colocação da categoria caso consiga superar Prochazka neste sábado, no UFC 311. Além de retomar à coluna das vitórias, um bom desempenho é fundamental para as pretensões do ex-campeão em competir pelo título dos meio-pesados novamente no curto prazo. Até por conta de seu histórico com Poatan, o desejo do americano pode ser concretizado ainda em 2025, a depender da combinação de resultados das próximas rodadas.