Após três anos o Brasil voltou a ter um campeão masculino no UFC – o autor desse feito foi Deiveson Figueiredo, que no último sábado (18) finalizou Joseph Benavidez no primeiro assalto e faturou o título dos pesos-moscas (57 kg). E uma das pessoas ao seu lado no histórico momento era Francisco Nazareno, atual campeão interino do peso-galo (61 kg) do Jungle Fight e irmão mais novo do ‘Deus da Guerra’. Passada a conquista, ‘Junior’ destacou a inspiração em ‘Daico’ para seguir seus passos no MMA.
Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag.Fight, ‘Junior’ revelou que também pode lutar na categoria até 57 kg, a mesma do seu irmão, e que treina diariamente com o campeão, de onde tira constantes lições que podem ajudar no seu crescimento no esporte. E por isso, o lutador valorizou essa convivência.
“Ele é o ponto de referência para mim. Chegou no topo onde todos sonham. Treino todo dia, vejo a garra, força de vontade que ele tem. De poder estar ao lado dele, ver de onde veio e chegou e é um sonho para mim também. É o campeão do mundo. É como se eu tivesse realizado só de vê-lo lá. Fico até sem palavras”, disse.
Como atualmente é campeão do principal evento de MMA do Brasil, mas sem previsão de quando voltará a atuar, ‘Junior’ admitiu que começa a sonhar com uma oportunidade de ingressar no UFC em um futuro próximo. Embora atue no Jungle Fight no peso-galo, a ideia dele seria lutar no peso-mosca caso assine com Ultimate, contando então com uma possível mudança de categoria de Deiveson Figueiredo.
“Luto de 61 kg, mas chegando no UFC tenho prazer de baixar para 57 kg e ele subir para eu poder dominar o peso-mosca. Eu iria lutar em março desse ano, mas a pandemia atrasou. Estamos esperando mais essa luta. Ganhando essa luta, já vou para fora, com certeza. Ou até antes, porque o ‘Daico’ é o campeão da categoria”, revelou o lutador, que adiantou sua confiança de que possa aproveitar um pouco do sucesso do irmão durante futuras negociações com eventos do exterior, com o Ultimate como seu principal alvo.
“O foco está nele agora e é o único (lutador masculino do Brasil) que está com o cinturão. Tem cara que nem tem muita luta e vai. Meu cartel está feito e tenho experiência para enfrentar qualquer um. É questão de tempo e de oportunidade”, completou o atleta que possui 11 vitórias e três derrotas na carreira.