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Diego Ribas/PxImages

Entrevistas

Invicta no UFC, Karol Rosa minimiza wrestling de McMann e projeta disputa de título

Promessa do MMA nacional, Karol Rosa vive grande fase no esporte e, neste sábado (26), tem importante compromisso para seguir crescendo no peso-galo (61 kg) do UFC. A brasileira vai enfrentar Sara McMann, em Ohio (EUA), e não esconde a empolgação para disputar a maior luta de sua carreira.

A atleta, de 27 anos, vai atuar pela quinta vez no UFC e tem como adversária uma lutadora com experiência de sobra nos esportes de combate. McMann, de 41 anos, conquistou a medalha de prata no wrestling nas Olimpíadas de Atenas (GRE), em 2004, e disputou o título do peso-galo da companhia, em 2014. Contudo, a veterana apresenta um cartel inconstante no MMA (12 vitórias e seis derrotas) e vive momento delicado na carreira, com três perdas nas últimas quatro lutas.

Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight, Karol garante que está preparada para medir forças com a americana e ciente do que precisa fazer para defender sua invencibilidade na organização. Disposta a se consolidar como um nome forte da categoria, a representante da equipe ‘PRVT’ minimiza a ameaça que McMann representa por conta do wrestling e sinaliza que vai aproveitar as brechas que a atleta propicia no grappling para levar a melhor no combate. Vale destacar que quatro das seis derrotas da veterana no MMA foram por finalização.

“Estou animada e ansiosa para lutar. Minha preparação foi muito forte, estou me sentindo bem e confiante. Sei que ela é do wrestling, mas a especialidade da minha equipe é a defesa de queda. Melhorei ainda mais na defesa de queda, treinei bastante meu jiu-jitsu para, caso eu caia no chão, consiga me virar bem. Também sou boa no jiu-jitsu, fui campeã brasileira, mundial, então consigo me virar bem. O foco mesmo foi na defesa de queda. Ela é muito boa no wrestling, mas acho que ela peca muito no jogo de chão. Ela consegue derrubar, manter um pouco, mas acaba vacilando. Esse foi um ponto que trabalhei bastante, a posição de finalização para, caso precise, estar afiada”, analisou a atleta.

Atualmente, Karol se encontra em 12º lugar no ranking do peso-galo do UFC, mas, para parte da comunidade do MMA, a profissional possui nível suficiente para integrar o top-10 da divisão. Como McMann é dona da nona posição na categoria, a tendência é que a brasileira, em caso de vitória neste sábado, mude de patamar no esporte. Ciente de que uma parcela dos fãs reconhece seu valor, a atleta afirma que sua melhor versão ainda vai ser vista no octógono. Empolgada com o momento que vive e com o que pode fazer na companhia, a lutadora já se diz pronta para alçar voos maiores e lidar com os grandes nomes da modalidade.

“Queria iniciar o ano lutando com uma top-10. Isso vai dar uma mexida no ranking e assim as lutadoras vão ficar mais ligadas em mim. Tenho uma meta até a metade do ano, que é entrar no top-5, e, no final do ano, ser a próxima desafiante. Até agora está dando certo. Só falta passar pela McMann. Algumas pessoas me mandam mensagem, falando que já era para eu estar na parte de cima, que sou muito boa. Assim, a cada luta vou mostrando uma Karol diferente. Ainda não cheguei nos meus 100%. Depois da luta com a Bethe, mostrei um bom jogo de muay thai, mas não foi a Karol que treina. A Karol dos treinos é muito melhor. Falta isso. Com a McMann, vou mostrar quem é a Karol do treino. Acho que as pessoas vão ficar impressionadas”, concluiu.

Jornalista formado, especializado em MMA. Também acompanho boxe, boxe sem luvas, boxe de celebridades e WWE.

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