Depois de conquistar a medalha de ouro no boxe na Olimpíada de Tóquio (JAP), Hebert Conceição tem um leque de opções para o seu futuro na modalidade. Seguir na carreira olímpica de olho nos Jogos em Paris, em 2024, ou repetir os passos do seu conterrâneo e também campeão olímpico no esporte, Robson Conceição, e migrar para o pugilismo profissional são as pautas que o lutador tem sobre a mesa. Mas engana-se quem pensa que o jovem tem pressa para escolher o próximo passo a dar.
Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight, o pugilista destacou que, por conta da visibilidade conquistada com a vitória nas Olimpíadas, os holofotes da modalidade estão voltados para ele e, por isso, algumas sondagens já ocorreram. Hebert adiantou o desejo de competir como profissional, mas pregou cautela sobre a decisão.
“Tenho o plano de lutar boxe profissional um dia. Não vou dizer que por agora, porque não tenho uma decisão tomada. Preciso fazer contas do que é mais vantajoso para mim. Agora quero desfrutar a minha medalha. Espero tomar essa decisão daqui a alguns meses. Chegaram algumas propostas, mas preciso ver o que é melhor”, disse o brasileiro, que venceu o ucraniano Oleksandr Khyzhniak, na final dos Jogos, antes de concluir.
“Números concretos ainda não chegaram, mas apareceram sondagens, promotores demonstrando interesse, perguntando o que eu preciso. Estou tranquilo. Tenho que ver com o Comitê (Brasileiro de Boxe) o que tem para mim também, porque tenho contrato com eles e também me mandaram propostas para me manter no boxe olímpico. Então tenho que fazer as contas e ver o que é o melhor para meu futuro. É uma decisão que muda a minha vida, então tem que ser calculada”, completou o atleta de 23 anos.
Embora ainda não tenha escolhido qual rumo tomar, uma certeza Conceição já tem: não pretende fazer lutas contra youtubers ou outras celebridades no boxe. O competidor afirmou que tem consciência que essa é uma nova tendência no esporte e não recriminou quem faça, mas revelou que, por ora, tem outros objetivos para a sua carreira.
“Acho que ainda não é o momento de fazer esse tipo de luta. Acho até válido na questão de entretenimento, porque gera vendas, não só para os atletas, mas para muita gente envolvida. Ainda gera entretenimento para o público. Acho que quando tiver mais próximo de parar, ou mais experiente, com um nome consolidado no boxe mundial, eu penso em fazer essas lutas para capitalizar dinheiro também. Também temos que pagar nossos boletos no fim do mês (risos)”, explicou o baiano natural de Salvador.