Glover Teixeira pode fazer história no próximo sábado (21). No UFC 283, na cidade do Rio de Janeiro, o veterano de 43 anos enfrenta Jamahal Hill para tentar se tornar campeão dos meio-pesados (93 kg) do evento pela segunda vez. E o mineiro parece tão empolgado com tal possibilidade que deixa de lado o fato de ser 12 anos mais velho do que o oponente.
No ‘media day’ do UFC 283, realizado nesta quarta-feira e que contou com presença da reportagem da Ag. Fight, Glover mostrou confiança para a importante luta e pregou respeito ao adversário. Se de um lado o brasileiro é conhecido no MMA por seu grappling de elite e é o maior finalizador da história de sua divisão, ‘Sweet Dreams’ tem como ponto alto a trocação poderosa. Ciente de que tem um oponente perigoso pela frente, o veterano adianta que sua estratégia é levar o duelo para o solo, tática que também foi utilizada pelo compatriota Thiago Marreta diante de Hill, em agosto do ano passado.
“Estilos fazem lutas. Claro que assisti todas as lutas dele no UFC, mas será em um dia diferente, uma luta diferente, com um lutador diferente. Talvez ele não estivesse treinando para enfrentar o Thiago. Não posso pensar que se o Thiago o derrubou será fácil para mim derrubá-lo. Trabalhei duro pensando em enfrentrar o melhor desafiante”, declarou o mineiro, recordando que Marreta, conhecido pelo seu afiado muay thai, conseguiu derrubar Hill em diversas ocasiões no duelo.
Ao menos na visão de Glover, o fator surpresa pode ter favorecido o compatriota na ocasião. Para este sábado, porém, é de se imaginar que o americano espere pelas quedas do veterano, dono de um jogo de luta agarrada diferenciado na divisão dos meio-pesados. Caso isso aconteça, uma nova brecha poderia surgir no octógono.
“Todos com quem eu lutar vão evitar lutar no chão comigo, ficar por baixo, porque sabem da minha pressão, do meu jogo de finalizações. Não sou o melhor do jiu-jitsu, mas para o MMA meu jiu-jitsu é um dos melhores. Meu ground and pound, a pressão, também tenho mãos pesadas. Tenhos muitos nocautes no UFC. Quando eles começam a se preocupar muito com as quedas, é quando a mão pode entrar”, finalizou o lutador.
Trocador nato, Hill nocauteou os brasileiros Thiago Marreta e Johnny Walker em suas últimas lutas. Aos 31 anos, Hill acumula cartel profissional com 11 vitórias e uma derrota, além de um ‘No Contest’ (sem vencedor). Por sua vez, Glover Teixeira é um dos principais representantes brasileiros na história do MMA. O mineiro alcançou o topo dos meio-pesados do UFC em 2021 perdeu o posto em sua primeira tentativa de defender o cinturão da categoria, em 2022.
Neste esporte, o veterano possui um currículo composto por 33 triunfos, sendo 28 deles pela via rápida, e oito revezes. Seus principais triunfos foram sobre rivais do calibre de Anthony Smith, Jan Błachowicz, Jared Cannonier, ‘Rampage’ Jackson, Rashad Evans, Ryan Bader e Thiago ‘Marreta’.