Esta quinta-feira, dia 26 de maio, é uma data especial na carreira de Glover Teixeira. Há exatamente dez anos, o brasileiro fazia sua estreia no UFC e iniciava a sua trajetória até chegar ao cinturão da companhia, conquistado em outubro de 2021. Ao pisar no octógono em Las Vegas (EUA), em 2012, o lutador realizava um antigo sonho de carreira.
O evento em questão era o UFC 146 e contava com Junior ‘Cigano’ na luta principal, brasileiro que defendia seu cinturão dos pesos-pesados da organização diante de Frank Mir. Apesar de ser um nome famoso no cenário nacional, Glover fez apenas a segunda luta da noite e não tomou conhecimento de Kyle Kingsbury, o finalizando no primeiro round.
Para recordar a data marcante, a reportagem da Ag. Fight conversou com o atual campeão dos meio-pesados (93 kg) do UFC. Questionado sobre um justificável nervosismo por, enfim, realizar seu grande sonho, Glover revelou que seu sentimento ao pisar no octógono naquele dia era outro.
“Estava tranquilão, com entusiasmo de começar (no UFC) e sabia onde eu queria chegar. Estava com a confiança lá em cima, com 15 lutas sem perder. Ganhei essa luta e no outro dia falaram para eu lutar com o (Maurício) ‘Shogun’ e ele não quis lutar. Aceitei na hora, queria lutar. Estava com a ideia de que agora estou no lugar onde mereço estar e vou provar onde vou chegar. Com um ano fui chamado para lutar pelo cinturão”, revelou.
Mas até assinar com a maior liga de MMA do mundo, Glover viveu uma verdadeira saga. Apesar de acumular uma série de mais de dez vitórias, o brasileiro não havia assinado com o UFC. O motivo? Em 1999, Glover deixou a cidade de Sobrália (MG) para tentar a sorte nos Estados Unidos. No entanto, ele o fez de forma ilegal, o que impedia que ele assinasse com o Ultimate até que sua situação fosse regularizada.
Em 2009, o mineiro voltou ao Brasil e, com ajuda dos advogados do UFC, tinha a expectativa de que demoraria apenas um mês para receber o visto e poder voltar aos EUA, mas batalha judicial durou mais de três anos até ele poder debutar na companhia. Com essa longa espera, Glover admitiu que tentava se manter otimista por um desfecho positivo, mas chegou a pensar que nunca lutaria pelo Ultimate.
“Eu tinha certeza que ia entrar, mas ficava naquela… Eu pensava que será que esse carma pesado meu, mesmo com todo esse talento, treinando com campeões, não vou chegar lá para mostrar meu trabalho e mudar a vida? Pensei (que não entraria), mas tinha que ter pensamento positivo, que iria continuar lutando”, recordou.
Glover Teixeira compete no MMA profissional desde 2002 e acumula 33 vitórias e sete derrotas em sua carreira. Atualmente, o lutador atravessa grande momento no UFC, com seis triunfos seguidos, sua melhor marca na organização desde a estreia nela, em 2012. A última vez que o competidor se apresentou foi em outubro de 2021, quando finalizou o polonês Jan Blachowicz, em duelo que lhe deu o título do Ultimate.