Com cinco vitórias seguidas e dono da primaira colocação do ranking dos meio-pesados (93 kg) do Ultimate, Glover Teixeira pleiteava nova chance de lutar pelo cinturão da categoria. No entanto, o brasileiro foi preterido pela liga, que deu a chance para Israel Adesanya encarar o campeão Jan Blachowicz, no UFC 259, que acontece dia 6 de março. Apesar disso, o mineiro ainda tem uma possibilidade de atuar neste show e brigar pelo título, já que foi escalado como reserva para o confronto.
Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight, Glover revelou que o UFC lhe consultou para saber o que ele gostaria de fazer para seu próximo compromisso e lhe deu opções. Contudo, o brasileiro fez valer sua boa fase e escolheu optou pela vaga de reserva no evento, mesmo sem ter a certeza que vai atuar.
“Quando o UFC me ligou, me perguntaram se eu queria lutar no mesmo dia. Falei que queria ficar de reserva e disse que não queria lutar com ninguém no evento que não fosse pelo cinturão. De toda maneira, iria lutar com um campeão, já que o Adesanya é campeão dos médios (84 kg) também e já seria um lucro. Mas tenho certeza que minha próxima luta será pelo cinturão, mesmo que não entre nessa agora”, explicou o atleta de 40 anos.
O fato do UFC escolher um reserva para luta com um longo período de antecedência é um procedimento recente. Por isso, dessa vez Glover teve a chance de compensar uma ‘falha’ no seu passado na liga. O brasileiro recordou quando foi convidado para entrar de última hora no UFC 200, em julho de 2016, mas se viu obrigado a declinar a oferta.
“Já aconteceu isso comigo antes quando o Jon Jones saiu e me chamaram para lutar com o (Daniel) Cormier. Foi em cima da hora e colocaram o Anderson Silva. Não ia bater o peso, estava fora de forma, muito pesado e disse que não iria conseguir. Se tivesse na reserva eu teria lutado com o Cormier pelo cinturão naquela época”, relembrou.
Com a lição aprendida, Glover Teixeira destaca que está com uma outra mentalidade nos treinamentos e que vai estar pronto para lutar caso a oportunidade apareça. No entanto, o brasileiro admitiu ter dificuldade para traçar uma estratégia, pois não sabe qual adversário pode enfrentar. O atleta natural de Sobrália (MG) ainda revelou que o Ultimate está arcando com todos os custos da sua preparação.
“Estou fazendo tudo certinho aqui, ficando em forma. É complicado porque se prepara para dois caras. Mas reserva é isso, é o que cair na mão. Mas acho que eles iam me chamar de qualquer maneira. Se não existisse esse negócio de reserva, eles iam me ligar porque sou o próximo da fila. Foi bom para mim, estar em forma e no pique. Temos que estar preparados para uma luta em cima da hora e lutar. Confio nas minhas armas. Claro que o Adesanya e Blachowicz têm estilos diferentes, mas tentamos nos adaptar”, contou.
Aos 40 anos, Glover Teixeira compete no MMA profissional desde 2002 e acumula 32 vitórias e sete derrotas em sua carreira. O brasileiro vem em grande momento no UFC e enfileirou vitórias sobre Anthony Smith, Nikita Kylov, Ion Cutelaba, Karl Roberson e Thiago ‘Marreta’ em sequência. O mineiro, em 2014, teve a chance de ser campeão da categoria, mas acabou derrotado por Jon Jones, até então campeão, por pontos.