O UFC 262 não foi marcante apenas para Charles Oliveira. No evento realizado no último sábado (15), em Houston (EUA), Edson Barboza também se destacou. O brasileiro nocauteou Shane Burgos no terceiro round, faturou o bônus de ‘luta da noite’ e, após o triunfo, passou a integrar o top-10 do peso-pena (66 kg). Empolgado com sua atuação no octógono, o veterano projetou seu futuro na companhia.
Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight (veja acima ou clique aqui), Edson analisou sua trajetória no peso-pena e, embalado por duas vitórias seguidas, aproveitou para desafiar os integrantes do top-5 da categoria. Em sua passagem pelo peso-leve (70 kg), o brasileiro enfrentou os melhores nomes da divisão e protagonizou batalhas. Sendo assim, o especialista em muay thai garantiu que o mesmo vai acontecer na nova casa. A boa notícia para Edson é que, praticamente, seus possíveis oponentes são strikers, assim como ele
“Lutei contra o Ige e acho que ganhei aquela luta, ele é um top-10. O Burgos também era top-10, eu ia lutar com o Sodiq, que era top-10, mas saiu da luta. Minhas lutas foram contra top-10, então tenho que lutar contra os top-5. Todos são excelentes lutadores. Uma das coisas que me deixa mais motivado é imaginar uma luta minha contra Kattar, Holloway, ‘Zumbi Coreano’ e Yair. Serão excelentes lutas”, declarou Edson, antes de completar.
“Sem dúvida, espero a chance de lutar contra os melhores nos penas. Minha raiz é o muay thai. Gosto de me quebrar todo e sei que os fãs gostam também. Eu sou fã de lutas e adoro assistir boas lutas. Fico me imaginando contra esses caras. Tenho certeza que vai vender bem e será bom para a companhia”, pontuou o striker.
No UFC desde 2010, Edson Barboza comemorou o fato de permanecer entre os principais lutadores da organização durante sua trajetória nela. Inclusive, o veterano conquistou um feito raro, já que se destacou no peso-leve e, agora, no peso-pena, duas das categorias mais concorridas do MMA. Dessa forma, o brasileiro sinalizou que vai aproveitar o bom momento para transformar o sonho de ser campeão em realidade.
“Quando entrei no UFC, nem tinha ranking. Assim que surgiu, sempre estive no top-15 e cheguei a ser o terceiro nos leves. Desci de categoria, já entrei no ranking dos penas e o mais legal e mais difícil é permanecer no UFC. É difícil estar entre os melhores. Estou há dez, onze anos com eles e mantendo o alto nível. É difícil se manter e entre os melhores é mais difícil ainda. O que me deixa mais motivado é que me sinto melhor. Acho que essa descida de peso fez isso comigo. Foi um novo começo. Só tenho três lutas e quero mais”, concluiu.