O confronto entre Gilbert Burns e Jack Della Maddalena, que reforça o card principal do UFC 299, em Miami (EUA), é um clássico duelo de gerações. Aos 37 anos e ex-desafiante ao título dos meio-médios (77 kg), Durinho encara uma das principais promessas do peso, dez anos mais jovem e até então invicto no Ultimate, com seis vitórias. Apesar das circunstâncias, o veterano esbanja confiança para o combate deste sábado (9) e promete dar um ‘choque de realidade’ no australiano.
Em entrevista exclusiva à equipe de reportagem da Ag Fight, Durinho exaltou as credenciais de Maddalena, que não sabe o que é perder desde 2016 e chega embalado por 16 triunfos na carreira. Por outro lado, o brasileiro ressalta que no UFC 299 o adversário enfrentará, pela primeira vez no UFC, um nível de competitividade considerado de elite, diante de um profissional que figura no top 5 da divisão. Sendo assim, o especialista em jiu-jitsu vê o confronto com bons olhos – apesar de ser considerado azarão nas principais casas de apostas.
“Ele tem várias brechas. É um cara duríssimo, forte fisicamente, tem um boxe bem alinhado. Fiz um corner contra ele no Contender Series (…) Deu para ver muita coisa, estava de perto ali, vi que ele é forte, tem mente forte, pega duro, mas toma golpe também. É um cara que vem evoluindo bastante, 6-0 no UFC, 16 vitórias seguidas, várias por nocaute ou finalização. Só que ele nunca lutou contra o Durinho, nunca lutou contra ninguém da elite do UFC. Vou ser o primeiro cara do top 5 que ele vai lutar. Acho ele duríssimo, respeito como deve ser, mas eu acho que estou em outro nível. Quando eu encostar a mão nele, ele vai pensar: ‘Caraca, o cara pega duro, meu Deus’. Vou dar um choque de realidade nele e mostrar que tem níveis no UFC. E eu estou no maior nível. Mas não é nada pessoal”, analisou Gilbert.
Para engrenar após derrota e lesão
Além do desafio de encarar uma promessa embalada da categoria, Durinho entra em ação no UFC 299 para provar que se recuperou 100% da lesão no ombro sofrida na derrota para Belal Muhammad em maio. Caso consiga dar a volta por cima contra Maddalena, o brasileiro, que ocupa a quarta posição no ranking dos meio-médios, pode voltar a sonhar com uma eventual disputa de cinturão no futuro.