No meio do MMA, sobretudo no Ultimate, é comum assistirmos o casamento de lutas entre atletas mais jovens contra oponentes mais experientes. Neste sábado (1º), no UFC Vegas 61, em Las Vegas (EUA), não será diferente. Aos 27 anos de idade, Tabatha Ricci enfrenta a veterana Jessica Penne, de 39. Às vésperas do card, a peso-palha (52 kg) brasileira prestou respeito e elogiou a trajetória de sua adversária na modalidade.
Em entrevista exclusiva à Ag Fight (clique aqui), ‘Baby Shark’, como é conhecida, avaliou as credenciais de sua adversária, que tem mais que o dobro de sua experiência – tanto no MMA quanto no UFC. Até por conta da bagagem que a rival norte-americana traz para o jogo, Tabatha destaca que precisa, mais do que nunca, ficar atenta a possíveis armadilhas durante o combate.
“A Jessica vem no UFC há oito anos, já lutou pelo cinturão contra a Joanna, lutou contra Jéssica ‘Bate-Estaca’, várias lutas duras contra meninas de alto nível, então ela tem uma bagagem bem grande. Para mim é uma honra compartilhar o cage com ela, uma atleta tão experiente”, afirmou Ricci, antes de avaliar como o confronto deve se desenrolar no sábado.
“Eu e a Jessica temos o mesmo estilo de luta. Ela é uma pessoa que treina jiu-jitsu há muitos anos, é faixa-preta. Treina judô com um sensei que respeito muito. Ela tem um striking muito bom, ela luta por muitos anos, então tem um clinch muito bom. Então tenho que trabalhar e atentar para não cair nessa parte forte dela. Eu sou menor, então me ajuda um pouco se ele tentar me quedar na parte de wrestling. Fica um pouco mais difícil para ela. Se eu continuar com a minha pressão, com um ritmo mais rápido, talvez eu possa cansar ela, esse é um ponto forte meu”, completou a peso-palha.
Com uma vitória no UFC Vegas 61, Tabatha almeja conquistar seu espaço no ranking da divisão mais competitiva do MMA feminino dentro do Ultimate. Em conversa com a Ag Fight, a atleta também deixou clara sua intenção de competir no próximo evento da organização no Brasil, agendado para o dia 21 de janeiro, na ‘Cidade Maravilhosa.’
“A Jessica é top-15 do ranking, então vencendo essa luta é praticamente (certo) que eu entre no ranking. Espero fazer mais uma luta esse ano ainda. Se não, queria muito poder estar lutando no Brasil, em janeiro. Perto da minha família e amigos, de todo mundo que me ajudou a chegar aqui. Seria muito especial para mim conseguir essa luta no Rio de Janeiro”, admitiu a jovem lutadora.
Embalada por duas vitórias no Ultimate, Tabatha é apenas uma das lutadoras a representarem o Brasil no UFC Vegas 61. Além dela, Mackenzie Dern, Raoni Barcelos, Philipe Lins, Neto ‘BJJ‘, Francisco ‘Massaranduba’ e Daniel ‘Willycat‘ Santos completam o esquadrão brasileiro em ação neste sábado.