Siga-nos
exclusivo!
Eduarda Ronda em ação no card do UFC 309, em Nova York
A brasileira garante estar mais forte e saudável em ação na categoria dos moscas (57 kg) - Louis Grasse/PxImages

Entrevistas

Divisor de águas! Eduarda Ronda exalta mudança de categoria no UFC: “Muito mais forte”

Apontada como uma das atletas com um futuro mais promissor pela frente, Eduarda Moura é dona de um cartel de 11-1 no MMA profissional. E a única derrota da carreira da brasileira serviu para trazer lições para além do âmbito esportivo. Quando foi superada pela compatriota Denise Gomes, em junho de 2024, e perdeu sua invencibilidade, ‘Ronda’, como é conhecida, sabia que algo precisava ser modificado. E acabou sendo uma iminente mudança de categoria de peso o fator que, na época, funcionou como uma espécie de ‘divisor de águas’ para a wrestler sergipana.

Foi pensando, primeiramente, na saúde e estado de seu próprio corpo que Eduarda optou em migrar dos pesos-palhas (52 kg) para os pesos-moscas (57 kg). E, na nova categoria de peso, além de se sentir “muito mais forte”, como a própria definiu, a atleta do ‘Galpão da Luta’ encontrou, também, sua melhor versão do ponto de vista competitivo. E prova disso foi que em, novembro de 2024, mesmo lesionada, Ronda estreou com vitória sobre Veronica Hardy na divisão até 57 kg.

Sim (era a decisão certa a se fazer). A derrota para a Denise veio para ajudar nisso (subir de categoria). Já estou bem perto do peso, forte. Estou aqui dando pulo no quarto (risos) e faltando só um dia para a pesagem. Tranquilo demais. Estou me sentindo muito mais forte, mais resistente também. Na questão do gás também ajuda, porque como a gente não perde tanto peso, a gente ganha um gás a mais, um combustível. Foi a melhor opção. Estou bem e saudável, e a saúde tem que vir em primeiro lugar”, destacou a brasileira de 31 anos, em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight.

Maturidade ajudou na decisão

Eduarda não é a primeira e nem será a última lutadora que, por conta do corte de peso árduo, decidiu subir de categoria. Só no Brasil, temos nomes populares que seguiram pelo mesmo caminho, como Charles ‘Do Bronx’ e Gilbert ‘Durinho’. Para Ronda, a maturidade foi crucial para gerenciar tal mudança da melhor forma. Após falhar na balança em suas duas primeiras aparições no UFC, quando ainda competia nos palhas, a sergipana viu que seu futuro deveria ser nos moscas.

“(O segredo) é ir testando. Não sei se porque era mais jovem, mas eu já bati 52 kg bem. Mas com o decorrer (do tempo) comecei a sentir dificuldades. Na primeira vez que não bati, fiquei frustrada – mesmo sendo por problema hormonal que eu tinha e não sabia lidar. No segundo (corte) também foi hormonal, junto com psicológico, porque não era o momento. Até evitei falar para não ficar com desculpinha. Mas ali foi um ‘estalo’. Porque mesmo batendo 52 kg antes, eu sofria. Então quando fiz minha primeira luta de 57 kg, pensei: ‘Essa é realmente a minha categoria de peso’”, relembrou Eduarda.

Disposta a mostrar que fez a escolha certa para sua carreira, Eduarda Ronda volta a competir neste sábado (12), no UFC Nashville. Para tentar se aproximar do ranking da divisão peso-mosca, a brasileira encara a veterana Lauren Murphy no card preliminar do show. O evento ainda conta com a presença de mais quatro membros do ‘Esquadrão Brasileiro’: Valter Walker, Vitor Petrino, Gabriel ‘Marretinha’ Bonfim e Tallison ‘Xicão’ Teixeira.

Siga nossas redes sociais e fique ligado nas notícias do mundo da luta: XInstagramFacebookYoutube e TikTok

Natural do Rio de Janeiro, Gaspar Bruno da Silveira estuda jornalismo na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Fascinado por esportes e com experiência prévia na área do futebol, começou a tomar gosto pelo MMA no final dos anos 2000.

Mais em Entrevistas