Conhecido por ser um dos pesos-penas (66 kg) mais explosivos do Ultimate, Diego Lopes está prestes a disputar a luta mais importante de sua carreira. Neste sábado (12), no ‘main event’ do UFC 314, em Miami (EUA), o brasileiro disputa o cinturão vago da categoria contra o ex-campeão Alexander Volkanovski. E diante do que pode ser considerado o maior desafio que já enfrentou até então, o atleta da ‘Lobo Gym MMA’ pretende se manter fiel às raízes. Sendo assim, o manauara reforçou sua veia ofensiva dentro do octógono e projetou um desfecho pela via rápida no confronto pelo título.
Em entrevista exclusiva à equipe de reportagem da Ag Fight, Diego explicou que seu estilo de luta se baseia em suas qualidades para a categoria. Dono de um jiu-jitsu acima da média e poder de nocaute nas mãos, o brasileiro radicado no México tradicionalmente coloca o pé no acelerador desde o início de seus combates. Agora, mesmo diante do experiente Volkanovski, Lopes destacou que mudar sua maneira de competir poderia representar um retrocesso. Desta forma, sua postura no UFC 314 será a qual seus fãs já estão habituados a assistirem.
“É uma luta bastante difícil, mas tenho treinado da melhor maneira possível. Dessa vez, meu camp tem sido um dos melhores. Meu foco era só treinar, comer e descansar. Nada mais. Estou pronto para trazer esse cinturão para a gente. Podem esperar o Diego de sempre, que vai para frente, buscando a luta por nocaute ou finalização. E vamos trazer esse cinturão. Tenho 26 vitórias na minha carreira, e dessas 26, 22 são por interrupção. Para que vou me preocupar em levar a luta para a distância se tenho a capacidade, porte físico, boas finalizações e bom poder de nocaute para acabar com a luta o mais rápido possível?”, explicou o brasileiro.
Dúvidas sobre seu cardio
O poder de fogo de Diego é inquestionável, visto que os números falam por si só. Em contrapartida, alguns torcedores ainda demonstram certa desconfiança em seu condicionamento físico. Por sempre pisar no acelerador desde o princípio, alguns dos fãs do brasileiro temem que o cardio possa ser o fiel da balança em um confronto de cinco rounds contra um ‘maratonista’ que é o ex-campeão Volkanvski. Mais temperado e com maior bagagem em duelos desta natureza, o australiano já disputou algumas batalhas de 25 minutos no Ultimate. Apesar do contexto, Lopes tratou de tranquilizar seus seguidores.
“A galera acaba ficando com essa ideia errada de que só tenho gás para dois rounds. Não treino para levar a luta para a decisão. Treino para nocautear ou finalizar e acabar com a luta o mais rápido possível, esse é meu objetivo. Óbvio que a gente faz uma preparação para cinco ou três rounds. Podem ter certeza que isso não vai ser problema. Eu até dou razão para eles (fãs), porque eles não têm visto eu lutar cinco rounds. Eu termino as lutas antes disso. Então é válido eles pensarem isso. Mas se a luta for para a longa distância, a galera também vai se surpreender bastante”, frisou o faixa-preta.
Duelo de gerações
Aos 36 anos, Volkanovski terá a árdua missão de superar um atleta seis anos mais jovem e possivelmente em seu auge. Além do duelo de gerações, o combate colocará frente a frente atletas em momentos opostos na carreira. Enquanto Diego Lopes chega embalado por cinco triunfos consecutivos para sua primeira disputa de cinturão, Alexander, por sua vez, tenta voltar à coluna das vitórias após ser nocauteado nas últimas duas rodadas para retomar o título que já foi seu.
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