Diego Ferreira revela que pandemia atrasou construção de sua casa e mira nova luta em julho
O ano de 2020 começou com o pé direito para Carlos Diego Ferreira, que logo em janeiro, no UFC 246, finalizou Anthony Pettis e conseguiu sua maior vitória no Ultimate, diante de um ex-campeão do peso-leve (70 kg). Além do triunfo, o brasileiro conseguiu o bônus de performance da noite e embolsou 50 mil dólares (cerca de R$ 110 mil). Esse dinheiro seria essencial para o lutador finalmente construir uma casa para sua família no estado do Texas (EUA), já que ele ainda mora com a sogra. Mas quando tudo parecia estar encaminhado para uma temporada promissora, a pandemia de coronavírus atrasou tudo.
Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag.Fight, o lutador confessou que falta pouco para sua casa ganhar vida, mas, por não saber quando vai atuar novamente, preferiu ‘segurar’ o dinheiro. Com esse cenário desenhado em sua vida, Diego Ferreira torce para o UFC escalá-lo o mais rápido possível.
“Consegui guardar um dinheiro das últimas duas lutas e agora contra o Pettis, graças a Deus, consegui o bônus e comprei o terreno da minha casa. Paramos agora um pouco por causa da pandemia. Também tive que parar na minha academia de jiu-jitsu no Texas, mas demos uma parada no finalzinho, faltando pintar, cerâmica, acabar o banheiro. Demos uma parada para guardar o dinheiro porque não sabemos até quando vai isso. Mas consegui reabrir minha academia e estamos trabalhando nisso também. Espero que minha próxima luta venha rápida para terminar minha casa, colocar minha família dentro e dar um conforto maior”, contou o atleta que enfrentaria Drew Dober no dia 2 de maio, no UFC Oklahoma, antes da franquia cancelar o evento por conta da pandemia de COVID-19.
Com o desejo de voltar a pisar no octógono mais famoso do mundo, Diego Ferreira adiantou uma data em que estaria pronto para lutar. De acordo com o décimo do ranking dos leves, no meio do ano ele terá condições de se preparar adequadamente, tanto que já desafiou dois competidores que estão a sua frente na categoria.
“Gostaria de lutar em julho. É uma data boa. Gostaria de lutar o mais rápido possível. Mas até agora o UFC não entrou em contato comigo. Quero enfrentar alguém acima de mim no ranking. Mas é difícil. Quem está no ranking só quer enfrentar quem está acima, mas já falei com meu empresário e o UFC. Não quero saber disso. Quero lutar com melhores. Quero sempre me testar. Seria bom lutar com o Paul Felder, já até chamei na mídia. Tem também o Al Iaquinta, que está acima de mim. Um desses dois seria muito bom para mim para conseguir chegar perto mais do cinturão. Foco agora é tentar pegar o máximo de lutas possível”, explicou.
Assim que estreou no UFC, em 2014, Ferreira conseguiu duas vitórias seguidas, mas logo depois, foi derrotado duas vezes consecutivamente. Antes de encarar Pettis, apesar de vir de cinco resultados positivos, o lutador ainda convivia com o olhar desconfiança de muitos no meio. No entanto, depois do triunfo sobre o ‘Showtime’, o cenário será bem diferente, mas ele afirmou que está preparado.
“Depois dessa última luta, que eu venci cara que estava no ranking do peso-leve e do peso-meio-médio agora vão me olhar de outra maneira, vão me estudar muito mais. Não serei apenas mais um no meio da multidão, principalmente na divisão, que é grande. Fiquei no número dez e vão olhar o que faço. Eu tento manter meu jogo, mas é melhor em alguns pontos, trabalhar bastante no que faço nas lutas. Nunca penso em ser o mesmo lutador da última luta. Estou pronto para qualquer um”, completou.
No MMA profissional desde 2011, Diego Ferreira soma 17 triunfos e apenas duas derrotas em seu cartel. Atual 10º colocado no ranking peso-leve do Ultimate, o brasileiro vem de seis triunfos consecutivos, sendo o mais recente sobre o ex-campeão da categoria Anthony Pettis, por finalização, em janeiro deste ano. A última derrota do lutador ocorreu em abril de 2015, quando foi nocauteado por Dustin Poirier.