No último sábado (4), Merab Dvalishvili defendeu com sucesso seu cinturão peso-galo (61 kg) na luta principal do UFC 320, ao derrotar Cory Sandhagen na decisão unânime dos juízes, ampliando seu domínio sobre os rivais da categoria. Exatamente uma semana depois, um dos poucos tops da divisão que ainda não tiveram a oportunidade de enfrentar o georgiano entrará em ação, na edição sediada no Rio de Janeiro (RJ), de olho em uma chance de desafiá-lo dentro do octógono mais famoso do mundo. Trata-se do brasileiro Deiveson Figueiredo, ex-campeão peso-mosca (57 kg) da organização. E o ‘Deus da Guerra’, como o paraense é apelidado, parece já ter tudo mapeado para alcançar seu objetivo.
Em entrevista exclusiva à equipe de reportagem da Ag Fight, Deiveson revelou seu plano de ação para tentar ‘furar a fila’ ou, pelo menos, se aproximar de uma disputa pelo cinturão dos galos contra Merab. Para isso, o brasileiro sabe que terá que vencer – e convencer – o embalado Montel Jackson, no ‘co-main event’ do UFC Rio, que acontece neste sábado (11), na ‘Cidade Maravilhosa’. O americano, apesar de ocupar a modesta 15ª colocação no ranking da categoria, nove posições abaixo do paraense, vive grande fase na organização presidida por Dana White, tendo vencido seus últimos seis combates.
“Esse é o plano. Vencer um cara que está com várias vitórias (seguidas) e ter uma chance pelo cinturão, enfrentando o Merab. Os caras de nome da categoria, da minha posição, sexto, até o primeiro, o Merab já bateu em quase todos, só está faltando lutar comigo. Vencendo essa (luta), eu vou continuar treinando forte, mirando ele. É com ele que eu quero lutar. Fui desafiado por ele, ele já mostrou a todos que tem interesse em lutar comigo. Então, vamos fazer essa luta acontecer. Pode ter certeza que eu vou trabalhar para sair vencedor no sábado e enfrentá-lo”, afirmou Figueiredo.
Confiança em alta
O interesse do brasileiro em medir forças com o atual ‘bicho-papão’ da categoria parece vir acompanhado também de uma enorme confiança na sua capacidade de destroná-lo. Mesmo ao especular um possível confronto contra um rival invicto há 14 lutas e que, neste momento, parece ter um jogo imbatível para seus concorrentes, Deiveson deixa claro que acredita ter as armas certas para fazer frente ao campeão georgiano.
“Excelente (luta do Merab contra o Sandhagen no UFC 320). É o mesmo jogo de sempre. Um cara que é versátil. Uma hora ele troca, uma hora ele coloca (para baixo). É o mesmo jogo que eu faço. E apesar dele ter um gás muito bom, mas eu também posso treinar, como sempre treinei. Quem me conhece sabe que eu entro para lutar cinco rounds sem cansar. E mesmo com a idade que eu estou, ainda tenho gás para enfrentá-lo”, analisou.
Ineditismo como trunfo
Como o próprio Deiveson citou, o fato de ser um dos poucos rivais de divisão que ainda não enfrentaram Merab Dvalishvili pode servir como um trunfo em sua campanha pelo ‘title shot’. De fato, levando em conta os seis primeiros colocados no ranking peso-galo do Ultimate, apenas Figueiredo e o chinês Song Yadong, número cinco da lista, nunca tiveram a chance de ficar frente a frente com o georgiano dentro do octógono.
Por outro lado, o retrospecto recente joga contra o lutador paraense, que perdeu seus dois últimos confrontos, diante de Petr Yan e Cory Sandhagen. Portanto, uma vitória convincente do ‘Deus da Guerra’ neste sábado, diante de Montel Jackson, pelo card do UFC Rio, parece ser fundamental para que seu sonho de garantir uma disputa pelo cinturão até 61 kg da liga se mantenha vivo.
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