Entrevistas

Deiveson explica o que fez aceitar luta com Garbrandt e mira explorar queixo “frágil” de rival

Após conquistar o cinturão do peso-mosca (57 kg) do Ultimate, em julho deste ano, Deiveson Figueiredo já tem rival e data para sua primeira defesa de título. O brasileiro encara Cody Garbrandt no dia 21 de novembro, no UFC 255, evento que ainda não tem local confirmado pela franquia. E, apesar de questionar os méritos do americano em disputar o título em sua estreia na categoria, o campeão revelou o que o fez mudar de ideia para aceitar o combate.

Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight, Deiveson afirmou que sua ideia inicial era encarar Brandon Moreno, atualmente número dois do ranking. Por isso, o atleta foi contrário, ao menos em um primeiro momento, em dar a chance  para ‘No Love’ disputar o título. Entretanto, o fator financeiro pesou para o paraense atender a solicitação da liga.

“Não achei certo ele chegar furando a fila, mas o UFC é quem manda. Trabalhamos para eles e temos que aceitar com quem eles querem que a gente lute para dar um show para os fãs. Houve uma negociação e o meu empresário, Wallid Ismail, conversou com o UFC para ter uma bolsa melhor para lutar com ele (Garbrandt) e conseguimos um valor adequado. Agora estou treinando forte e vou mostrar que na 57 kg não se deve furar a fila para chegar ao dono do cinturão”, explicou o atleta natural de Soure (PA).

Cody Garbrandt venceu sua última apresentação, em junho deste ano, quando nocauteou Raphael Assunção. No entanto, antes do resultado positivo, o atleta da ‘Team Alpha Male’ acumulava três derrotas seguidas, todas por nocaute. Ciente dete fato, Deiveson contou que pretende explorar o “ponto fraco” do rival e mandou um aviso ao desafiante.

“(Vou explorar) Tanto o queixo, quanto a cabeça, que são frágeis. Já vi tomando muito golpe e ficando tonto. São dois pontos fracos para explorar. Se ele cair para dentro, pode ter certeza que vai ser bônus da noite. Vamos fazer uma luta insana. Não dou passo para trás e me sinto mais completo. Ele tem boxe e um pouco de wrestling. Tenho boxe, luta marajoara e o jiu-jitsu para finalizá-lo se ele vacilar”, analisou.

Natassia del Fischer

O corte de peso é outra questão que ‘Deus da Guerra’ está de olho e, dessa vez, não é exclusivamente só o seu. Apesar de ainda faltar praticamente três meses para o combate, o brasileiro adiantou que tem trabalhado para chegar no limite da divisão. No entanto, ao falar sobre seu adversário, Deiveson parece não ter tanta certeza sobre seu sucesso contra a balança.

“Já estou regulando meu prato, não encho muito não. Peão aqui no Pará come muito, principalmente farinha (risos). Então já estou limitando isso e comendo mais saudável. Já sobre ele, temos certeza que não vai ter o mesmo punch e porte físico. Ele vai sentir. Temos absolutamente certeza. Vamos explorar muito isso (desgaste no corte de peso). Vamos explorar até o gás dele também”, comentou o atleta de 32 anos.

Além de defesa de cinturão, o próximo compromisso de Deiveson pode ser um teste para uma meta do lutador. Após faturar o título dos moscas, o paraense revelou o desejo de subir para o peso-galo e buscar mais uma conquista. Portanto, nada melhor do que encarar um ex-campeão da divisão de cima.

“Eu quero muito poder subir para pegar o cinturão. Acho que batendo nele, fazendo mais umas três, quatro lutas no peso-mosca, vamos pedir uma luta em cima. Uma superluta. Quero subir, mas sem abandonar a minha categoria. Quero continuar nela, defender meu título e ser um campeão dominante nos moscas”, finalizou o atleta.

O último triunfo de Deiveson Figueiredo foi contra Joseph Benavidez, no dia 18 de julho, o que lhe deu o título da categoria dos moscas. Além de se tornar o primeiro lutador brasileiro campeão nesta divisão de peso no UFC, o paraense quebrou o jejum de três anos sem que o Brasil tivesse um título masculino na maior liga de MMA do mundo.

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