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Louis Grasse/PxImages

Entrevistas

De volta ao UFC Londres, Luana Dread busca superar trauma de nocaute

Em sua última aparição no octógono mais famoso do mundo, Luana Dread sofreu um duro revés na carreira – o primeiro via nocaute como profissional. Exatamente um ano depois, a brasileira terá a oportunidade de voltar ao mesmo ginásio, na ‘O2 Arena’, em Londres (ING), e reescrever uma nova história. Em entrevista exclusiva à Ag Fight, a peso-mosca (57 kg) destacou que pretende aproveitar as circunstâncias para virar a página e deixar o trauma sofrido para trás com uma boa performance no UFC 286 deste sábado (18).

Na ocasião, em março de 2022, Luana foi nocauteada por Molly McCann, que encaixou uma cotovelada rodada fatal no terceiro round do confronto. Além dos danos físicos oriundos do duelo, a atleta paulista admitiu que também precisou de acompanhamento psicológico para superar o ocorrido. Agora, na mesma arena, um ano depois, desta vez diante de Joanne Wood, a brasileira busca um desfecho diferente para a luta.

“Superar esse (trauma do nocaute) foi até mesmo antes de casar a luta, porque teve todo um – não só da parte psicológica -, mas de tratamento físico também, fiquei seis meses parada por causa da lesão. Então desde lá, fiquei seis meses tratando tanto o físico quanto o mental. Me preparando para a próxima luta. E quando casou e falaram que era aqui (Londres), para voltar, eu falei: ‘Caraca, sério?’ Um ano depois literalmente (…) Quando casou a luta, pensei: ‘Nada é por acaso’. Se foi para voltar para cá, algo tem aí. Sou outra Luana, vocês vão ver no sábado. É algo para eu superar, literalmente. Não só na luta. Mas vir aqui e, mesmo com tudo que aconteceu, poder fazer algo novo”, relembrou.

Mesmo vindo de um resultado adverso, Luana analisa que a pressão do combate está com sua rival. E a lógica da brasileira faz sentido. Afinal de contas, a já veterana Joanne acumula três derrotas seguidas e pode competir pelo seu emprego neste sábado.

“Acredito que a pressão está mais do lado dela mesmo. Por ela ser meio que a Cris ‘Cyborg’ daqui. Já é uma veterana, tem uma história bem grande no MMA. E estou chegando para mostrar meu trabalho, podendo lutar contra uma mulher que é referência no MMA. Ela é da casa, está vindo de três derrotas. Então acredito sim que a pressão está mais em cima dela”, avaliou Dread.

Luana será a primeira brasileira a entrar em ação no UFC 286, que contará com transmissão do ‘Fight Pass’ a partir de 14h (de Brasília). Além da peso-mosca, o país será representado por outros três combatentes: os estreantes Jafel Filho e Gabriel ‘Mosquitinho’, além da veterana Jennifer Maia – única representante do esquadrão brasileiro a competir no card principal do evento.

Natural do Rio de Janeiro, Gaspar Bruno da Silveira estuda jornalismo na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Fascinado por esportes e com experiência prévia na área do futebol, começou a tomar gosto pelo MMA no final dos anos 2000.

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