Escalado inicialmente para enfrentar Doo Ho Choi no UFC Austrália, realizado no último sábado (27), Daniel Santos, o ‘Willycat’, teve seu compromisso alterado devido à lesão do sul-coreano. Com isso, o mineiro foi transferido para o card do UFC 320, que acontece neste sábado (4), em Las Vegas (EUA), onde medirá forças com o invicto Joo Sang Yoo. Apesar da mudança de planos, o lutador encarou o novo cenário com naturalidade — e destacou algumas vantagens na alteração.
De acordo com Willycat, o tempo entre o anúncio da troca e a luta foi suficiente para se preparar adequadamente para o novo oponente. Além disso, ele vê com bons olhos o deslocamento mais curto e a familiaridade com a cidade americana, onde já lutou em outras ocasiões. A estrutura oferecida pelo UFC Performance Institute e até a questão tributária nos Estados Unidos foram citadas como pontos positivos na reta final da preparação. Para o brasileiro, as condições fora do octógono também impactam no desempenho dentro dele.
“Não (tiveram muitos ajustes). Faz tempo que mudou (o adversário). O legal de ter mudado da Austrália para cá é a viagem mais curta. Já estou adaptado a Las Vegas, já vim várias vezes. Tem o PI para cortar peso, para fazer os treinos, e menos imposto — isso é importante demais (risos)”, declarou, em entrevista exclusiva à Ag Fight.
Ao comentar sobre a troca de adversário, o atleta da ‘Chute Boxe Diego Lima’ reconheceu diferenças técnicas entre Choi e Yoo. No entanto, ressaltou que, na prática, o objetivo dentro do octógono continua o mesmo: impor seu jogo e sair com a vitória.
“Acho que o que muda um pouco é o jogo dos dois. Um é um cara mais plantado, que anda para frente. Este é um cara que anda mais para trás, tenta contragolpear. Mas, quando sobe lá, é tudo igual”, frisou.
Adaptação ao peso-pena
Outro aspecto marcante nesta nova fase da carreira de Daniel é a mudança de categoria. Depois de competir por boa parte do tempo como peso-galo (61 kg), ele faz sua segunda apresentação entre os penas (66 kg) e já sente os reflexos positivos da decisão. Com menos desgaste no processo de corte de peso, o lutador relatou ganhos significativos em saúde, ritmo de treino e bem-estar geral. A preparação física tem fluído com mais constância, e ele afirma estar lutando com mais frequência e sem limitações.
“Do ponto de vista de saúde, rendimento, treino e luta… já estou lutando muito antes do que das outras vezes. Lesão nenhuma. Dores comuns de treino a gente sempre vai ter, mas lesão séria, não tive nenhuma, nada grave. Fisicamente, estou muito mais saudável, e isso é o mais importante”, completou.
Ainda durante a entrevista, o paulista revelou que, apesar de conversas sobre um possível retorno à divisão dos galos, não há pressa para essa mudança. Por ora, a meta é seguir se consolidando entre os penas.
Siga nossas redes sociais e fique ligado nas notícias do mundo da luta: X, Instagram, Facebook, Youtube e TikTok