‘Cria do Contender’, Sakai recorda sensação de lutar sem público e mira tomar posto de rival
Inicialmente escalado para atuar no dia 9 de maio, no UFC 250, que aconteceria em São Paulo, Augusto Sakai viu seu evento ser cancelado e não ter previsão de quando iria lutar, devido à pandemia de coronavírus. Porém, o peso-pesado não ficou muito tempo sem saber quando iria se apresentar e foi confirmado para o show que acontece no dia 30 de maio, ainda sem local confirmado, diante de Blagoy Ivanov. Essa notícia foi um alívio para o lutador, que se mostrou confiante em manter sua invencibilidade após três lutas na liga.
Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag.Fight, o paranaense destacou positivamente a manutenção do seu rival inicial. Após o UFC remarcar alguns combates, teve que alterar alguns duelos, que não foi o caso de Sakai, já que enfrentaria Ivanov quando teve sua luta fechada para São Paulo. Dessa maneira, o lutador afirmou que só precisou manter o ritmo de treinos e adiantou que pretende ‘roubar’ o lugar do adversário no ranking dos pesados. Atualmente Sakai é o 13º colocado, enquanto seu oponente está uma posição acima.
“Essa é a parte boa (de não ter o rival alterado), porque não fizemos adaptação nos treinamentos, só mantivemos o que vínhamos fazendo. Ficou mais tranquilo para mim, ficou bom e mantiveram o mesmo adversário. Eu me vejo saindo com a vitória. Ele é duro, ranqueado e espero tomar o lugar dele no ranking com vitória. Espero imprimir meu jogo, botar meu ritmo e acabar o quanto antes”, adiantou o peso-pesado.
Outra questão para esse duelo é que, mesmo ainda sem ter local confirmado pelo Ultimate, ele vai continuar de portões fechados, assim como os três do início deste mês. Mas isso é um fato que não incomoda Sakai, pelo contrário. O lutador tem boas recordações quando atuou sem público no Contender Series, programa de Dana White para encontrar mais lutadores para o UFC, que também é realizado sem torcedores. Segundo o brasileiro, essa experiência pode ser um diferencial dele para o seu oponente.
“Poder contar com o público é bom, é um termômetro das lutas. Pode até gerar uma emoção a mais, mas lutar sem publico é tranquilo. Já vim do Contender, sou cria do Contender e a gente luta sem público lá também. Já vivi isso uma vez e acredito que vai ser igual. Então estou bem tranquilo em relação a isso”, admitiu o atleta.
Quando o UFC cancelou a edição em São Paulo e adiantou que seu desejo era realizar eventos nos Estados Unidos, ele decidiu que só atletas que morassem no país poderiam lutar. No Brasil, os lutadores encontravam problemas para a emissão de visto com o consulado americano, por conta da pandemia. Mas Sakai agiu rápido e vai ser o primeiro brasileiro, que mora no país, a se apresentar fora pela franquia nessa nova fase.
“Me sinto feliz de ser escolhido de representar o Brasil nesse evento. Logo no começo queriam transferir todo o UFC 250 para fora, mas deu enrosco com o visto de todo mundo que morava aqui e ficou complicado. Após um tempo deram uma tranquilizada e afrouxada na quarentena e conseguimos fazer o visto sem problemas. Demos entrada e conseguimos, graças a Deus”, explicou o lutador de 29 anos.
Augusto Sakai possui 14 vitórias, uma derrota e um empate em seu cartel. O peso-pesado conta com a experiência adquirida na longa passagem pelo Bellator, antes de assinar com o UFC. O lutador está sem se apresentar no octógono mais famoso do mundo desde setembro de 2019, quando nocauteou Marcin Tybura.