Apesar de ter ficado de fora do UFC 251, depois de ter seu exame positivo para COVID-19, Gilbert ‘Durinho’ teve motivos para comemorar após o fim do evento do último sábado (11). Além de ter aprovado a vitória de Kamaru Usman sobre Jorge Masvidal, por decisão dos jurados, o brasileiro viu o presidente do Ultimate, Dana White, o confirmar como próximo desafiante ao cinturão dos meio-médios (77 kg) contra o nigeriano.
Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag.Fight, o brasileiro destacou que a forma como Usman ganhou de Masvidal, se impondo do início ao fim, foi excelente e como ele imaginou que seria para poder se confirmar como o novo desafiante. Entretanto, o atleta natural de Niterói (RJ) ainda aguardava uma posição oficial para poder ficar mais aliviado e trabalhar sua recuperação para retornar ao octógono. E ela não demorou para chegar, com Dana White colocando seu nome como novo oponente do campeão da divisão.
“O Dana garantiu e agora é só esperar a data e vamos com tudo. Fiquei muito feliz. Ele (Dana) me mandando mensagem, pela primeira vez, fiquei amarradão com isso, dizendo que essa era a luta que ele queria, que eu sou o próximo, para me recuperar bem. Fiquei amarradão quando seu chefe te elogia, em qualquer área, né?! É maneiro demais. É a confirmação que estou fazendo um bom trabalho e no caminho certo”, disse.
Com a notícia de que vai lutar pelo cinturão da divisão, agora resta saber quando essa luta vai acontecer. Com Usman tendo lutado neste mês, a expectativa é que ele só volte ao octógono no fim do ano. Mas, embora esteja ansioso para poder se apresentar, ‘Durinho’ vê esse tempo longo para treinar como uma maneira positiva. Com uma sequência de lutas e camps intenso e também com a questão da recuperação devido ao coronavírus, agora o faixa-preta de jiu-jitsu aprova um tempo maior para treinar sem se desgastar tanto.
“Agora é me preparar. Ainda estou me recuperando, ainda não estou treinando, mas é me recuperar 100%, fazer toda minha base de treinamento. Acho que essa luta vai demorar para sair, mas que bom. Já tive três camps, duas lutas. Os últimos dois camps eu vim treinando muito forte, para o Woodley e o Usman, uma preparação para cinco rounds. Que bom que vou ter tempo para me recuperar, treino de base, porque esse ano não parei até agora”, revelou, antes de revelar uma data que estaria apto para lutar.
“Por mais que (o Usman) tenha feito uma grana maneiríssima agora, vai querer dar uma esperada. Acho que sai em novembro, dezembro. Estou confiante para novembro. Sei que tem evento numerado para final de outubro e estaria pronto para ele, mas estou segurando a onda. Eu sou um cara muito ansioso, muito ativo e estava treinando se dependesse de mim. Mas eu tenho psicólogo, fisioterapeuta, médico. E meu médico e nutricionista falaram para eu esperar umas duas semanas para meu corpo recuperar. Tive um gasto energético grande com três camps, corona, então querem que eu me recupere 100%. Estou amarradão com a oportunidade, mas tenho que ser inteligente agora e voltar a treinar no meu melhor”, completou.
Nesta semana, ‘Durinho’ se envolveu em uma discussão nas redes sociais com Leon Edwards e também com o jornalista da ‘ESPN’ americana Ariel Helwani. Com o inglês, o debate começou sobre quem merecia ter essa chance de lutar pelo cinturão, já que o europeu destacou que vem de oito vitórias seguidas na liga. De acordo com o brasileiro, esse número não tem que ser levado em conta, pois que seu colega de divisão não atua desde julho de 2019. Já com o profissional da imprensa o motivo da alfinetada foi porque ele sugeriu uma luta entre o primeiro e o terceiro do ranking para saber quem enfrentaria Usman.
“Nem ia responder, mas eu gosto da fofoca (risos). Até respeito o Leon Edwards, ele ganhou do (Vicente) Luque. Eu estava até no córner do Vicente, mas isso aí tem tanto tempo que parece que foi em 1999. A última luta dele foi contra o Rafael Dos Anjos e o Rafael não estava em um momento bom, vindo de algumas derrotas. Ele tem meu respeito porque ganhou desses dois amigos meus e sei que são duros. A última luta dele tem um ano e quer botar a culpa no corona. A pandemia começou em março e a última luta dele foi em julho de 2019. De julho a março ele estava fazendo o quê? Ele tem boas vitórias, mas eu ganhei do Demian e do Woodley, da maneira como venci. Ele não tem vitórias como as minhas e está há mais de um ano sem lutar. Nesse tempo que ele está afastado fiz quatro lutas e ia para a quinta. Só respondi porque eu gosto mesmo do ‘bafáfá’ ali e foi bom. E do Ariel Helwani, não sei, acho que é uma parada pessoal. Ele tem problema com meu manager (Ali Abdelaziz) que eu sei. Nem quero dar muito assunto para esse otário não”, disparou.