Após ter sua luta cancelada em duas ocasiões, devido às restrições impostas para contenção da pandemia de coronavírus que atingiu o mundo, Ariane Lipski enfim vai voltar a lutar no UFC neste sábado (18), no terceiro evento do Ultimate na ‘Ilha da Luta’, contra a sua compatriota Luana ‘Dread’. Mas a curitibana adotou o ditado popular de “há males que vem para o bem”. Se antes ela participaria de eventos sem tanta mídia, agora estará em uma edição repleta de holofotes e que conta com brasileiro em disputa de cinturão no main event. Dessa maneira, ela afirmou que só teve motivos para comemorar o reagendamento do duelo.
Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag.Fight, Ariane enumerou as qualidades e benefícios que terá nesta em comparação com os demais shows cancelados em que iria participar. Além de ter Deiveson Figueiredo contra Joseph Benavidez em duelo válido pelo título do peso-mosca (57 kg) da organização, a brasileira também garantiu espaço no card principal ao lado da rival Luana ‘Dread’.
“Com certeza (foi melhor a mudança de data da luta). Não tenha dúvidas disso. Penso que quando acontece alguma coisa ruim é para acontecer uma boa depois. Sempre que adiava uma luta, sempre tentava manter o pensamento positivo que na hora certa ia dar certo. E já estavam falando da ‘Ilha da Luta’, que ia acontecer e desde o início falamos que queríamos estar nessa ilha. E deu certo, vai ter disputa de cinturão para o Brasil, vou estar no card principal, então não tenho dúvidas de que a gente caiu para cima. Agora me deu mais gás para treinar e dar força para finalizar da melhor maneira possível”, comemorou a lutadora de 26 anos.
Além de comemorar sua inclusão na midiática ‘Ilha da Luta’, a ‘Rainha da Violência’ valorizou o estilo de luta da sua adversária e afirmou que este fator pode ser benéfico para sua atuação. Como Luana também é uma atleta que prefere a luta em pé, a curitibana aprovou o casamento de estilos e destacou sua confiança de que o duelo vai agradar aos fãs, além de adiantar seu desejo de terminar essa luta no primeiro assalto.
“Era para eu lutar com ela desde fevereiro, então estou me sentindo muito bem treinada e feliz de poder enfrentá-la. Ela é uma striker, do muay thai e estou bem confiante de acabar com essa luta no primeiro round. A gente treinou muito e estou bem preparada em pé, na parte de grappling também. Ela é uma boa atleta, mas o jogo casa com o meu. Vou para definir no primeiro round, por nocaute ou finalização”, afirmou.
Ariane chegou ao UFC em janeiro de 2019, carregada de expectativa após uma passagem vitoriosa pelo KSW. Mas nas suas primeiras atuações no octógono, a jovem de 26 anos não conseguiu seu melhor rendimento e foi derrotada em ambas ocasiões Em novembro de 2019, porém, a curitibana derrotou Isabela de Pádua e anotou seu primeiro triunfo na liga, o que deve lhe garantir tranquilidade extra para a luta deste sábado.
“Ano passado foi muito louco. Entrei no UFC com muita expectativa, mas não estava na minha melhor forma física. Mas me superei, voltei a acreditar em mim e no final do ano (em evento realizado em São Paulo) ficou trocando minha adversária, soube quem era minha rival no último dia e fiquei com a emoção a flor da pele, com o risco de perder meu contrato no UFC. Então estava bem nervosa. Não pensei em estratégia, soltei tudo que tinha para soltar e foi isso que aconteceu. Dessa vez eu estou ansiosa, claro, mas estou com o jogo na cabeça, vou procurar o momento certo para colocar cada golpe e me encontrar na luta. Na trocação, mas mais firme. Agora vou mostrar a verdadeira Ariane. Só quero chegar lá e me divertir”, completou.
Após somar duas derrotas em suas primeiras apresentações pelo Ultimate, Ariane Lipski conseguiu se recuperar com um triunfo por pontos sobre Isabela de Pádua no UFC São Paulo, em novembro do ano passado. Até o momento, a paranaense acumula 12 vitórias e cinco reveses em sua carreira.