Entrevistas

Com ânimo renovado, Bethe Correia mira acabar com jejum de sequência de vitórias

Em setembro de 2019, Bethe Correia reencontrou o caminho das vitórias no UFC. Após dois reveses seguidos na organização, a brasileira, que começava a sentir a pressão para voltar a vencer, conseguiu se recupear ao bater Sijara Eubanks. Agora, a missão é engatar nova sequência de triunfos dentro da franquia, o que não acontece desde 2013 e 2014, quando a atleta acumulou três resultados positivos consecutivos. Mas no que depender do desejo da ex-desafiante ao título do peso-galo (61 kg), essa caminhada começa neste sábado (25) diante da sueca Pannie Kianzad, no quarto evento na ‘Ilha da Luta’, em Abu Dhabi (EAU).

Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag.Fight, a lutadora destacou que, depois de sua última vitória, recuperou a empolgação do início de sua história no Ultimate e, por isso, confia que pode voltar a ter uma sequência maior de resultados positivos dentro do octógono. Dessa maneira, a brasileira afirmou que está empolgada para ganhar novamente seu espaço na categoria. Além disso, a potiguar não poupou elogios a sua adversária e avisou que o público pode esperar uma grande apresentação neste sábado.

“Quero muito (voltar a ter as primeiras atuações no UFC). Sei o peso que é uma derrota e é muito ruim. Então esse é o momento que quero vencer, me credenciar para em breve poder disputar de novo o cinturão. Até por mim, pela minha história, na minha cabeça é só ir lá e vencer. A animação não me falta (risos). A vontade, disposição e o ânimo daquele início está de volta. Acho que até mais agora. Agora é só ir lá e trabalhar para vencer. Vai ser uma luta muito boa, espero uma guerra. Ela é uma lutadora muito guerreira, mas estou com muita vontade de vencer e vai ser uma luta excelente. Ninguém vai se arrepender de assistir”, avisou.

Inicialmente, Bethe Correia e Pannie Kianzad fariam um combate em maio deste ano, no UFC 250, marcado para São Paulo. No entanto, devido à pandemia de coronavírus, o evento foi retirado da cidade e a luta entre as atletas do peso-galo adiada. No entanto, ao menos para a veterana, o fato do duelo ter sido postergado foi positivo, uma vez que ela vai poder atuar na badalada ‘Ilha da Luta’.

“Quando soube que ia lutar fiquei louca, adorei, me deu um ânimo a mais de querer treinar, de querer lutar, fazer parte de tudo isso, dessa história. O UFC está fazendo um trabalho muito bonito, conseguiu isolar uma ilha para a gente, com todas as medidas de segurança, uma super estrutura e fazer parte disso eu ia ficar louca se não estivesse num card desses”, afirmou a brasileira, antes de mencionar o fator benéfico de voltar a lutar após alguns meses que seu compromisso foi adiado, principalmente por causa do COVID-19.

“Foi muito melhor (ter adiado sua luta). Quando eu estava fazendo o camp foi logo no início de pandemia, que deixou todo mundo assustado, não conseguia treinar na época, eu até não sabia lidar com aquele momento. A gente aprendeu a lidar e meio que se reeducou com questão do COVID-19, ter novos hábitos de higiene. Deu um tempo para se adaptar melhor e o UFC passou muita segurança para nós”, completou.

No MMA profissional desde 2012, Bethe Correia soma 11 vitórias e quatro derrotas, além de um empate em seu cartel na modalidade. No auge de sua carreira, a atleta disputou o título dos galos contra a, até então campeã, Ronda Rousey, em um duelo de invictas na época. A disputa, realizada em agosto de 2015, foi o main event do UFC 190, sediado na cidade do Rio de Janeiro, teve vitória da americana por nocaute.

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