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Carlos Prates explica estratégia para luta contra Ian Garry no UFC: “Entro pensando no bônus”

Originalmente escalado para encarar Geoff Neal no UFC 314, que acontece no próximo dia 12 de abril, Carlos Prates viu seu adversário mudar de última hora, com a lesão do americano. Agora, com compromisso agendado para o ‘main event’ da edição com sede prevista para Kansas City (EUA), dia 26 de abril, o meio-médio (77 kg) brasileiro volta suas atenções para o combate com o irlandês Ian Machado Garry, seu novo oponente. Mas, ao que tudo indica, a troca de rivais não provocará uma mudança tão drástica na preparação do atleta da equipe ‘Fighting Nerds’, ainda que demande atenção do mesmo.

Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight, Prates garantiu que sua estratégia segue a mesma, apesar da troca de adversários: “defender as quedas e lutar em pé”. A preferência do atleta da equipe ‘Fighting Nerds’ pela trocação pode ser explicada por outro fator, além do seu ‘background’ no muay thai. Acontece que desde a sua estreia no Ultimate, o striker paulista conquistou quatro vitórias por nocaute consecutivas e, em todas elas, recebeu um bônus de performance da organização – uma sequência que o meio-médio não pretende interromper.

“(Não gosto da luta agarrada porque) É muita força (risos). E também eu era um cara mais fraco, agora eu estou mais pesado, estou com 90 kg. Mas é que eu me sinto à vontade (em pé), sempre lutei muay thai. E agora no UFC, eu já entro com a minha cabeça pensando no bônus. Então, tem que ser nocaute. Mas é lógico, se precisar ir para o chão, tentar agarrar, vamos fazer. O mais importante é sair com a vitória”, afirmou o brasileiro, 13º colocado no ranking meio-médio do UFC.

Mesmo focado na trocação, o atleta natural de Taubaté (SP) entende que o irlandês pode tentar adicionar o jogo de ‘grappling’ – área na qual Garry mostrou bastante desenvoltura nas suas duas lutas mais recentes – na luta principal do UFC Kansas City. Assim, apesar de reconhecer a habilidade do adversário na luta agarrada, Carlos mostra confiança na sua capacidade de combater as tentativas do rival no solo.

“Com certeza traz perigo (o jogo de grappling do Garry), para todo mundo. Mas eu também sou faixa-preta de jiu-jitsu, treino há muito tempo. Sou um cara completo, eu só não gosto de levar a luta para o chão. A galera fala um pouco dessa parada de grappling. Eu só não gosto de levar a luta para o chão, mas eu treino para caramba. Eu treino grade, treino jiu-jitsu, treino tudo, só não gosto (risos). E não precisei ainda, porque se precisar, eu vou usar”, concluiu.

Duelo de promessas

Com um ‘modus operandi’ de tradicionalmente colocar promessas em rota de colisão com veteranos populares, o UFC abriu uma exceção para o combate entre Prates e Garry. Afinal de contas, com 31 e 27 anos, respectivamente, o brasileiro e o irlandês despontam como representantes da nova geração dos meio-médios da liga. Sendo assim, um dos dois atletas verá suas pretensões de título ficarem mais distantes após o UFC Kansas City.

Invicto até a última rodada, quando acabou derrotado na decisão por Shavkat Rakhmonov, Ian Garry é tido como um possível sucessor de Conor McGregor na Irlanda. Disposto a se recuperar após o primeiro baque da carreira, ‘The Future’, como é conhecido, é dono de um cartel com 15 vitórias e um revés. Prates, por sua vez, foi eleito uma das Revelações do Ano em 2024. Com apenas quatro lutas no Ultimate, o brasileiro se tornou uma verdadeira febre entre os fãs, visto que venceu todas por nocaute e também é dono de uma personalidade única fora dos octógonos.

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Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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