Em outubro de 2024, Carlos Leal ganhou uma oportunidade de ouro de assinar com o UFC por topar entrar em ação com apenas dois dias de antecedência, no card de número 308. Na oportunidade, o brasileiro enfrentou Rinat Fakhretdinov e, mesmo em ‘ambiente hostil’, em Abu Dhabi (EAU), apresentou um bom desempenho contra o russo na luta de abertura do card. Nas papeletas, porém, o meio-médio (77 kg) curitibano acabou superado na decisão unânime dos juízes – em um resultado considerado bastante polêmico à época. Prestes a competir pela segunda vez no Ultimate, ‘The Lion’, como é conhecido, relembrou as circunstâncias do embate e aproveitou para dar seu parecer sobre a disputa, discordando veementemente de sua derrota.
Sem papas na língua, Carlos foi direto ao ponto e opinou que foi prejudicado por um julgamento, em sua visão, equivocado dos juízes na pontuação do confronto. Em entrevista exclusiva à equipe de reportagem da Ag Fight, o brasileiro admitiu que, apesar da derrota no cartel oficial, saiu do UFC 308 com a sensação de ter sido o vitorioso no duelo contra Rinat. Disposto a deixar a polêmica para trás e, oficialmente, ter o braço erguido pela primeira vez na empresa, Leal tem um desafio batendo a porta. Neste sábado (8), no UFC 313, em Las Vegas (EUA), ‘The Lion’ enfrenta o americano Alex Morono.
“Primeiro, fiquei muito feliz e realizado de ter chegado onde sempre almejei, que era estar no maior evento do mundo. Não senti tanta pressão por estar dentro do UFC. Não me deslumbrei tanto, já estava pronto para esse momento. Sobre a minha luta, para mim foi uma apresentação boa. Acredito que eu saí vitorioso. Mostrei que realmente estava pronto, porque aceitei a luta na semana. Fiz uma grande estreia. A luta com o Sadibou e essa contra o Rinat foram bem parecidas porque eu só perdi para a arbitragem, não perdi para eles. Lutei de igual para igual, fui superior e acabei sendo prejudicado pela arbitragem. Mas fico feliz por ter feito um bom trabalho. Se for para perder, que seja dessa forma, que sejam me ‘garfando’. Ou vão ter que me matar lá dentro”, relembrou Leal.
Promessa de nocaute
Com uma experiência desagradável de deixar o resultado nas mãos dos juízes, Carlos não pretende repetir a estratégia no UFC 313. Dessa vez com um camp completo de treinos e de olho em um rival definido, o brasileiro garante que apresentará uma versão ainda mais competitiva dentro do octógono. Confiante em sua preparação, ‘The Lion’ foi além e prometeu conquistar um triunfo via nocaute diante de Morono para, quem sabe, beliscar um bônus de ‘Performance da Noite’.
“Com certeza (podem esperar uma versão aprimorada). Agora eu tive um camp completo e com um adversário já específico. Então a gente se preparou ao longo das semanas para lutar contra o Alex Morono. Podem ter certeza que vai ser a minha melhor versão, tenho certeza que vou nocauteá-lo. E acredito que vou ganhar um bônus ainda. (Vou apresentar) dominância, agressividade. O muay thai curitibano. Quem é de Curitiba sabe as lendas que saíram de lá: Anderson Silva, Shogun, Wanderlei Silva, Pelé. Essa marca do muay thai agressivo e curitibano que eu quero deixar registrada aqui (no UFC)”, projetou o striker curitibano.
Carlos Leal entra em ação no card preliminar do UFC 313, evento recheado de brasileiros. Também na primeira parcela do show, Mairon Santos, Djorden Santos e Brunno ‘Hulk’ representam o verde-amarelo. Já no card principal, além de Alex Poatan, que protagoniza o ‘main event’ da noite contra Magomed Ankalaev, outros três atletas tupiniquins sobem ao octógono: Mauricio Ruffy, Iasmin Lucindo e Amanda Lemos.