Entrevistas
Carlos ‘Boi’ celebra reconhecimento do UFC e revela lista de rivais para ‘meter a porrada’
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Carlos Antunes, no Rio de Janeiro (RJ)
Em junho de 2020, Carlos ‘Boi’ deu o pontapé inicial de sua caminha no UFC. Depois de esperar quase dois anos para estrear na franquia, o brasileiro encarou Sergei Spivak e perdeu sua invencibilidade no MMA. Apesar do revés, o brasileiro não baixou a cabeça e, quase um ano depois, apagou qualquer desconfiança na longevidade na franquia. Já são dois triunfos seguidos no octógono, o que lhe rendeu mais quatro combates no novo contrato assinado com a liga presidida por Dana White.
A extensão do vínculo de ‘Boi’ foi uma forma de reconhecimento do UFC por suas atuações dentro do octógono. Porém, o lutador também chama a atenção pelo afiado ‘trash talk’, prática limitada entre os atletas brasileiros. Por isso, em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight (clique aqui ou veja abaixo), o atleta celebrou o principal momento da carreira e analisou um pouco do seu jeito carismático.
“Eu vendo a luta, vou para cima, se for para fazer ‘trash talk’ eu faço, não é algo forçado, é natural. Eu sou isso. Quando eu estava com treta com o Maurice Greene, ele falou merda e eu respondi. Ele se irritou porque eu falei que queria bater nele e eu quero. Sentiria prazer em bater nele e deformar a cara dele. É difícil, mas se eu me esforçar, eu consigo (risos). Consigo dar entrevista inglês, trabalho bem as mídias sociais. Estou no top 10 nos canais do UFC Brasil, tanto na encarada com o Spivak, quanto na entrevista pós luta contra o Yorgan, ficando à frente de muita entrevista de cinturão”, disse ‘Boi’, emendando.
“Ter o trabalho reconhecido é bom demais. Depois dessa minha última luta eu tirei umas semanas de férias e viajei com um casal de amigos para Fortaleza, e lá a galera estava me reconhecendo. Não estava acostumado com isso. Antes era só na minha cidade, na Bahia. Teve até um caso engraçado que estávamos acompanhando um show e o cara tocava e cantava muito. Depois fomos pedir para tirar foto e o cara me reconheceu, disse: ‘Carlos Boi’. Fiquei sem entender nada (risos)”, completou o peso-pesado.
Mas para manter sua grande fase, Carlos ‘Boi’ precisa seguir vencendo pelo Ultimate. No próximo dia 12 de junho, o lutador enfrenta Jake Collier no UFC 263, em Las Vegas (EUA). Apesar de já ter um próximo adversário pela frente, o baiano está de olho nos seus próximos desafios. Em busca de um lutador no top 15 do ranking da divisão, o competidor elegeu seus rivais preferidos e não deixou de provocar.
“Tenho uma listinha de gente que pretendo bater no futuro. Tem ele (Maurice Greene), o Tuivassa, que tem luta marcada com o Greg Hardy. Eu tenho a luta com o Collier e são quatro pesos-pesados vindo de vitórias, então pode acontecer esse casamento com os vencedores dessas lutas. O Aspinal pode ser também, mas não acredito Está embolado. Então botaria o Greene, Tuivassa e o Greg Hardy”, adiantou.
Das opções de adversários citadas, ‘Boi’ revelou o seu favorito para ‘meter a porrada’ e justificou. Trata-se de Greg Hardy. Pelo estilo polêmico do americano e também por ele ter chegado com um ‘hype’ elevado ao Ultimate após fazer carreira no futebol americano, Carlos adiantou que o vê como rival perfeito para ganhar mais visibilidade.
“Eu não gosto dele, não vou com a cara dele desde antes de entrar no UFC. Ficaria contende em bater nele. É um ótimo nome para mim. Ele é um cara midiático e ganhando dele seria ótimo. E, inclusive, acho que ele não aguenta o meu ritmo não. Seria uma boa luta para ganhar um bônus (de performance ou luta da noite”, finalizou.
Carlos ‘Boi’, de 25 anos, que estreou pelo UFC em julho de 2020, quando foi derrotado por Sergey Spivak, se recuperou ao superar Yorgan De Castro e emplacou a segunda vitória na organização diante de Justin Tafa. Em sua carreira, o baiano disputou 11 combates, venceu dez, sendo seis por nocaute, e perdeu apenas uma vez.