Em novembro do ano passado, a PFL comprou e se fundiu com o Bellator em um negócio que movimentou o mundo do MMA. Apesar da parceria comercial firmada, o acordo aparentemente não impede que um atleta de uma das organizações discorde dos moldes da outra. E Patrício Pitbull é uma prova viva disso. Campeão peso-pena (66 kg) e potencialmente a principal estrela da liga então dirigida pelo dirigente Scott Coker, o lutador brasileiro criticou abertamente o formato de ‘GP’ atualmente vigente em ‘sua nova casa’.
Em entrevista exclusiva à equipe de reportagem da Ag Fight, Pitbull não escondeu sua discordância pessoal do formato de disputa de torneio presente na PFL – sobretudo sobre seu sistema de pontuação. Na visão do campeão do Bellator, o atual ‘GP’ pode beneficiar ou prejudicar atletas específicos de acordo com os cruzamentos propostos, uma vez que triunfos via decisão e pela via rápida são pontuados de forma diferente. O brasileiro foi além e admitiu que não tem intenção de participar futuramente do modelo de compétição.
“Não me agrada muito entrar no GP da PFL porque não concordo com a maneira que é avaliado quem passa e quem não passa. Se sou o atual campeão e pego um cara duríssimo na minha rodada, bato nesse cara, mas ganho por pontos. E outros caras enfrentam adversário menos duros e ganham por nocaute ou finalização. Eles podem passar e eu não. Então perco a oportunidade de ser campeão do mundo. Então isso não me agrada, não me soa bem. Parece algo feito para lutadores que estão – sem querer desrespeitar – iniciando. É uma dura crítica que tenho a esse GP da PFL. Se eu que sou lutador, não entendo, imagina o fã? Para mim, não faz sentido nenhum. Se colocar um pangaré para lutar com outro e um nocautear, o campeão mundial deixou de passar e o cara que deu um chute na sorte, passou. É uma crítica que tenho e vai ficar”, admitiu Patrício.
Duelo entre campeões se aproximando
Curiosamente, o próximo compromisso de Patrício será justamente diante do vencedor do ‘GP’ de 2023, Jesus Pinedo. No dia 24 de fevereiro, na Arábia Saudita, o brasileiro, campeão do Bellator, e o peruano, soberano na PFL, medem forças no megacard promovido pela parceria entre as companhias em uma espécie de unificação dos títulos até 66 kg.