O cartão de visitas de Brunno ‘Hulk’ dentro do UFC não poderia ter sido melhor, com uma vitória por nocaute no primeiro round, em janeiro de 2023. No entanto, em julho do mesmo ano, um revés da mesma maneira representou um baque na carreira do peso-médio (84 kg), que nunca havia perdido no MMA profissional. Às vésperas de sua próxima aparição no Ultimate, o brasileiro explicou, em entrevista exclusiva à equipe de reportagem da Ag Fight, como a derrota para Nursulton Ruziboev lhe rendeu aprendizados importantes e o fez evoluir como atleta.
Logo após o revés, ‘Hulk’ admitiu que sofreu ao perder a invencibilidade e, sobretudo, se preocupar com a opinião dos fãs. No entanto, ao analisar suas principais falhas na oportunidade, o lutador da ‘Evolução Thai’ pôde não só evoluir como competidor dentro do octógono, como também fortalecer seu aspecto mental. Mais maduro, o brasileiro busca apresentar uma nova versão neste sábado (13), no UFC Vegas 84, diante do americano Phil Hawes.
“Eu revi ela (a luta) várias vezes. O pós-luta foi um grande peso para mim. Mas o mais importante disso foi o aprendizado que eu tive com ela (derrota). Só tenho coisas boas que eu tirei após esse revés. Não foi como a gente queria, mas se Deus quis assim, serviu de aprendizado. Voltei bem melhor, principalmente na questão de treinamento, na questão mental. O meu mental estava meio assim, mas agora já voltou e voltou ainda melhor (…) Ser ansioso com algumas situações no combate, principalmente em uma luta que é 50/50, onde tem um adversário que é bom que nem você. Cometi uma falha e a gente paga por isso, não sai de graça. Naquele momento falhei e paguei o preço, fiz algo que não era para fazer naquele momento. Mas agora vejo que tenho que ter calma, paciência, ir com menos ansiedade no combate e fazer o meu. Exatamente (lições que a experiência traz)”, explicou o atleta curitibano.
Confronto explosivo
Se analisadas as estatísticas de ‘Hulk’ e Hawes, é justo projetar que o duelo entre os dois tem grandes chances de não chegar na decisão dos juízes. Afinal de contas, em 11 lutas como profissional, o brasileiro nunca precisou das papeletas na carreira, enquanto o americano chegou ao fim do tempo regulamentar de seus combates apenas em duas oportunidades das 17 vezes em que já competiu profissionalmente.