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Bruna Brasil posa para foto após vencer no Contender Series e receber contrato para lutar no UFC
Bruna Brasil busca sua primeira vitória no UFC neste sábado - Diego Ribas/PxImages

Entrevistas

Bruna Brasil se diz pronta para ‘dupla personalidade’ de rival no UFC Londres

Em busca de sua primeira vitória no principal evento de MMA do mundo, Bruna Brasil volta ao octógono no card do UFC Londres, neste sábado (22), para encarar a irlandesa Shauna Bannon, que fará sua estreia na organização. Além da missão de enfrentar uma lutadora ‘da casa’ e ainda invicta como profissional, a atleta da equipe ‘Fighting Nerds’ também aponta outra característica peculiar de sua adversária como um grande desafio a ser superado.

De acordo com Bruna, em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight, os estudos feitos por ela e seus treinadores para o confronto do UFC Londres indicaram que a irlandesa possui uma espécie de ‘dupla personalidade’. Apesar da postura supostamente imprevisível com a qual Shauna Bannon atua em seus combates e das qualidades como lutadora que até o momento lhe garantem um cartel perfeito como profissional, a brasileira ressaltou que está preparada para todos os cenários possíveis.

“A Shauna vem do striking, do kickboxing. Ela tem facilidade de golpes em movimentação, com bastante chute alto, chutes laterais, e muita movimentação. É uma atleta muito arisca, não aceita posições de desconforto, e vem de cinco vitórias, (está) invicta. Acredito que ela não tenha enfrentado uma adversária do meu nível até então. Isso vai ser um grande problema para ela. Mas também eu ainda não tenho certeza de como ela vem para essa luta. Porque tem duas Shauna: uma que entra com mais receio e uma que entra com muita confiança“, analisou Bruna, antes de completar.

“A gente se preparou para as duas personalidades dela. Acredito que talvez pela estreia, pela empolgação, ela venha com muita confiança – por estar ‘em casa’ também. E o medo vai vir durante a luta, durante as entradas de golpes duros e tudo mais. A gente estudou bastante. Eu diria que é uma striker, muito arisca, não aceita cair por baixo, não aceita posições ruins. Então, vai ser uma luta bastante brigada, acredito, principalmente pelo ímpeto dela e pela minha vontade de querer quebrar ela (risos)”, afirmou a peso-palha (52 kg).

Expectativa para confirmar o favoritismo

Favorita nas bolsas de apostas para o duelo deste sábado, assim como em sua estreia pelo UFC, Bruna Brasil tem consciência do que precisa fazer para que o resultado seja diferente desta vez. Se na sua primeira experiência no octógono do Ultimate o jogo não fluiu contra a compatriota Denise Gomes, agora, ‘The Special One’ tem como grande objetivo para essa luta poder, finalmente, mostrar todas as suas armas, seja na luta em pé ou no chão.

“Principalmente soltar meu jogo, entrar na luta de verdade, estar presente. E conseguir fazer o que eu sei, que é lutar. Soltar meu jogo. Eu sou uma lutadora extremamente técnica, sou dura, tenho golpes potentes, e conseguir aplicar isso na luta é o meu grande objetivo. E se necessário, impor meu jogo de chão e buscar uma finalização. Sou uma lutadora que gosto de buscar uma finalização. Então, se ela der uma bobeada, vai acabar sobrando um pescoço ou um braço, e eu vou aproveitar a oportunidade. Mas, especialmente, (quero) entrar dentro do jogo, conseguir fazer os meus melhores golpes, colocar pressão nela e fazer ela andar para trás, que ela não está acostumada”, concluiu.

Carreira de Bruna Brasil

No MMA profissional desde 2014, Bruna Brasil coleciona oito vitórias, cinco delas pela via rápida, um empate e três derrotas em seu cartel. A ex-campeã do ‘LFA’ conquistou uma vaga no UFC ao se destacar no programa ‘Contender Series’, onde foi bastante elogiada por Dana White, presidente da organização. Na sua estreia pelo Ultimate, a atleta da ‘Fighting Nerds’ sucumbiu à compatriota Denise Gomes, no UFC Kansas City, em abril deste ano.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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