Nesta sexta-feira (24), Maíra Mazar terá a oportunidade de dar o primeiro passo para mudar de vida, como a própria lutadora define. Substituindo Chelsea Hackett, a peso-mosca (57 kg) brasileira enfrentará Desiree Yanez pelo card do ‘Challenger Series’ do PFL, evento voltado para a captação de novos talentos que possam integrar o plantel principal da liga, e que garante aos atletas de maior destaque uma vaga direta nos torneio de temporada regular de suas respectivas categorias.
A oportunidade surge para a brasileira cerca de dois anos após se mudar para os Estados Unidos, a convite da ex-campeã do UFC Miesha Tate, a qual conheceu quando ambas trabalhavam para o ONE Championship – Maíra como lutadora e a americana como dirigente. Ao decidir voltar a competir no octógono do Ultimate, ‘Cupcake’ trouxe consigo a atleta paulista, para auxiliá-la nos treinamentos na ‘XTreme Couture’, em Las Vegas (EUA).
Como era de se imaginar, o início de sua nova vida nos Estados Unidos não tem sido fácil para Maíra, que, além de se manter no país norte-americano, também ajuda sua família que segue morando no Brasil. Por isso, em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight, a peso-mosca fez questão de exaltar a oportunidade de conquistar um contrato que lhe garanta a segurança e estabilidade que tanto almeja, e prometeu “agarrá-lo com unhas e dentes”.
“Desde que eu cheguei aqui (nos EUA), eu consegui lutar. Lutei o Combate (Global), lutei o Invicta. Mas a gente sabe que aos poucos, conforme vem a idade, a gente vai conseguindo menos oportunidades. Então, essa oportunidade neste momento é muito importante para mim. Eu vou dar o meu melhor para agarrá-la com unhas e dentes. Porque tendo esse contrato, eu tenho certeza que vou lutar muitas vezes nesse ano, e ainda tenho uma chance de ganhar 1 milhão de dólares, que mudaria completamente a minha vida”, afirmou Maíra, citando o prêmio milionário dado aos campeões de cada categoria ao final da temporada pelo PFL.
Com o contrato e a participação no torneio anual do PFL, Maíra Mazar teria, ao menos, dois combates garantidos para disputar em 2023, ambos pela temporada regular da competição. Caso avance para os playoffs, mais duas lutas são possíveis se a atleta chegar à final do GP. Isso, de acordo com ela, traria uma estabilidade financeira que a permitiria, além de sobreviver nos Estados Unidos e ajudar sua família no Brasil, focar ainda mais em sua carreira.
“Eu estou começando a minha vida nos Estados Unidos. Toda mudança é difícil, na questão de viver em um novo país, uma nova cultura, de trabalho. A minha família continua no Brasil, eu continuo ajudando eles. Então, isso mudaria tudo, faria com que eu conseguisse começar a minha vida aqui de uma forma mais tranquila, podendo focar mais nos treinos, não tendo que me preocupar em trabalhar muito e fazer outras coisas para ganhar dinheiro, e também poder ajudar minha família”, concluiu.
Antes de pensar no torneio, na estabilidade financeira e na carreira, entretanto, Maíra Mazar precisa superar sua adversária nesta sexta-feira, a americana Desiree Yanez, no Challenger Series do PFL, e, de quebra, impressionar os jurados responsáveis por decidir se os vencedores dos duelos merecem ou não uma vaga no plantel principal da liga. A brasileira chega para o duelo com um cartel de oito vitórias e cinco derrotas, enquanto sua rival possui seis triunfos e quatro reveses no currículo.