Bruno Silva vive seu momento mais delicado desde que chegou ao Ultimate, com apenas uma vitória conquistada nas últimas cinco lutas. Apesar da fase turbulenta, o brasileiro se considera um atleta valorizado pela alta cúpula da entidade. Para Blindado, um bom indício dessa percepção foi concretizado através de seu duelo marcado contra Chris Weidman. Inclusive, de acordo com o peso-médio (84 kg) da Paraíba, o ex-campeão e wrestler americano representa a maior luta de toda a sua carreira – que já conta com 33 combates profissionais.
Em entrevista exclusiva à equipe de reportagem da Ag Fight, Blindado rasgou elogios a Weidman e exaltou seu currículo na modalidade. Feliz com a oportunidade de encarar um ex-campeão, o brasileiro admitiu que tende a atingir um nível mais alto de competitividade quando enfrenta adversários de maior prestígio do outro lado do octógono. Mesmo já tendo medido forças com rivais do calibre de Alex Poatan, Brendan Allen e Brad Tavares, Bruno garante que ‘The All-American’, como é conhecido, será seu principal oponente.
“Se você for olhar minhas lutas no UFC, as vezes em que lutei melhor foi contra os caras de nome. Gosto muito mais quando pego um cara de nome para sair na mão. Quando pego uns estreantes, uns caras que não tem nada a me oferecer, não sei, talvez no meu subconsciente eu subestime. Não me empolga tanto. Quando luto com um cara de nome, entro mais motivado, sei do perigo que está do outro lado, sou até mais cauteloso. E poxa, estou lutando contra um ex-campeão. Independentemente se ele me respeita ou não, estou pouco me f*** para o que ele acha de mim. Mas respeito ele pela história que tem, ganhou de grandes nomes: Anderson Silva, Lyoto, Belfort. Não tem como não respeitar o cara. Não tinha um presente melhor. Quanto mais difícil, melhor a recompensa. Fiquei muito feliz com a oportunidade. Mais uma vez o UFC me valorizou. De alguma forma eles me veem como coisa boa. É a maior luta da minha carreira”, analisou Bruno.
Dupla com a corda no pescoço
Aos 34 anos, Blindado terá a chance de, neste sábado (30), no UFC Atlantic City, voltar à coluna das vitórias contra um grande adversário e ganhar sobrevida na empresa. Caso contrário, um novo revés pode significar um corte do Ultimate. Já Weidman, de 39 anos e com vasto retrospecto de lesões, busca retomar às grandes performances contra Bruno e estender sua carreira na liga. Em caso de nova derrota ou contusão, o americano pode, inclusive, anunciar sua aposentadoria do esporte.