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‘Bate-Estaca’ promete pressão em Valentina e diz: “Acho que consigo nocauteá-la”

Em seu passado recente, o Ultimate teve muitos lutadores que conquistaram cinturões de categorias diferentes. No Brasil, Amanda Nunes ostenta este posto, ao reinar, simultaneamente, na categoria do peso-pena (66 kg) e peso-galo (61 kg). Neste sábado (24), mais uma atleta do Brasil pode tentar entrar para este seleto hall: Jéssica ‘Bate-Estaca’. Depois de ser campeã do peso-palha (52 kg), a lutadora subiu de divisão e agora encara Valentina Shevchenko, pelo título do peso-mosca (57 kg), no UFC 261, na Flórida (EUA).

Porém, para alcançar este patamar, a brasileira tem a dura missão de desbancar a campeã, que até o momento nunca foi derrotada na categoria após cinco apresentações. Embora reconheça as qualidades da atleta do Quirguistão, ‘Bate-Estaca’, em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight (clique aqui ou veja acima), adiantou seu plano de jogo para superar a adversária e novamente chocar o mundo.

“A Valentina faz muito bem o feijão com o arroz. Você não precisa fazer firula. É o feijão com arroz que faz você ganhar. Para evitar esse jogo de velocidade da Valentina é manter uma distância que fique bom para mim, já que sou mais baixa e ela tem uma envergadura maior. Então se encurtar e diminuir a velocidade dela já vai ser algo muito bom. Tenho que estar esperta na questão da trocação, é achar o tempo certo para encurtar, agarrar e cansar os braços dela, na parte de chão, na parte de grade. É algo que tenho muito e posso usar para cansá-la. Na trocação franca acredito que possa sair o nocaute, eu tenho sonhado muito com isso. Se fizer o jogo certo, de não dar espaço, encurralar, cansar os braços dela, acho que consigo nocauteá-la”, adiantou a brasileira.

Em sua despedida do peso-palha, em julho de 2020, ‘Bate-Estaca’ travou uma batalha diante da americana Rose Namajunas, mas acabou derrotada por decisão dividida dos jurados. Deste combate a brasileira tirou uma importante lição. De acordo com a atleta da ‘PRVT’, é preciso impor seu ritmo de luta desde o início e, para isso, é preciso estar com o gás em dia. Para o duelo contra Shevchenko, Jéssica revelou que não vai ter problemas com seu condicionamento físico e prometeu ser agressiva do início ao fim.

“A parte de gás vem melhorando a cada luta, venho sentindo isso dentro dos treinos. As meninas dizem que tenho gás infinito para lutar e treinar do jeito que eu faço. A questão é colocar na minha mente que tenho que começar a fazer no primeiro o que fiz do terceiro. É começar do jogo certo desde o início. Porque eu acho que tenho que começar mais tranquila para ver o que vai acontecer, depois colocar o ritmo e acaba me prejudicando. Tenho que mudar isso, principalmente agora. Se for para cansar, que seja no ultimo round. Pelos treinos e o que venho fazendo, tem gás para fazer do primeiro até o quinto round pegadão, se não nocautear ou finalizar antes”, completou.

Em sua estreia na categoria, em outubro do ano passado, Jéssica ‘Bate-Estaca’ nocauteou a americana Katlyn Chookagian, então número um do ranking. Ao ‘roubar’ o posto da rival, a brasileira se posicionou para o duelo contra a campeã, que fará sua quinta defesa de cinturão no evento. Vale destacar que em 2019, a brasileira teve seu maior momento no UFC, ao conquistar o cinturão do peso-palha.

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