Entrevistas

Assunção nega pressão por risco de demissão e cita plano para se recuperar no UFC

Vindo de uma sequência de três derrotas pela primeira vez na carreira, Raphael Assunção volta ao octógono neste sábado (18), diante do americano Ricky Simon, pelo card do UFC Vegas 45, de olho em encerrar a má fase e retomar o caminho das vitórias. Para isso, o pernambucano focou na recuperação do psicológico, a fim de que haja um equilíbrio entre as partes mental e física.

Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight, Raphael também reconheceu que corre o risco de ser desligado da companhia em caso de nova derrota neste sábado. O lutador, porém, negou sentir uma pressão extra sobre seus ombros antes do combate decisivo para seu futuro na liga.

Como motivação, o veterano destacou sua recuperação em tempo recorde de uma cirurgia no bíceps, realizada neste ano, fato que mostrou para ele que, apesar de sua idade avançada, seu corpo ainda responde de forma satisfatória para o prosseguimento de sua carreira no esporte de alto nível.

“Foi uma coisa mental. Porque eu estava bem fisicamente para essas últimas três lutas. A gente sabe que é difícil quando você sobe ali, não é uma coisa fácil, você não consegue relaxar. Não é um jogo, é uma luta. Mas, analisando, foi mais o aspecto mental. E eu procurei me reinventar e equalizar, nivelar, esse aspecto físico que eu tenho ainda com o aspecto mental. Equilibrar as duas coisas”, explicou Assunção, antes de comentar sobre os riscos de ser demitido em caso de novo revés.

“Existe um risco sempre (de ser cortado do elenco do UFC), mas eu não sinto pressão. Não quero apelar para a religião, mas Deus tem o tempo de todo mundo. Não tem pressão. Eu me sinto bem. Fisicamente, eu, com 39 anos, consegui sarar de uma ruptura de bíceps, voltei e o braço esquerdo está mais forte do que o direito agora. Então, isso é uma motivação a mais para mim, poder usar isso como incentivo”, concluiu.

No MMA profissional desde 2004, Raphael Assunção soma 27 vitórias e oito derrotas nas 35 lutas disputadas na carreira. Apesar do mau momento, com três reveses consecutivos, o peso-galo (61 kg) segue entre os 15 atletas melhores posicionados da categoria, ocupando atualmente o 12º lugar no ranking até 61 kg do UFC.

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