Depois de engatar sua primeira sequência de vitórias no UFC, Ariane Lipski viu sua boa fase ser interrompida por Antonina Shevchenko, em confronto realizado em novembro do ano passado. Dominada na luta agarrada pela rival durante grande parte do combate, a peso-mosca (57 kg) viu na mudança para a Flórida (EUA) – onde se encontra a academia da ‘American Top Team’ – a oportunidade de buscar novos treinamentos e evoluir como atleta.
Agora, prestes a subir novamente no octógono, desta vez contra Montana De La Rosa, pelo card do UFC Vegas 28, neste sábado (5), a brasileira celebra a decisão tomada ao lado de seu treinador e esposo, Renato ‘Rasta’. Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight (veja acima ou clique aqui), Ariane destacou o acolhimento por parte da nova equipe e, especialmente, o material humano que encontrou na tradicional academia para se preparar para o novo desafio no octógono.
“A gente já tinha tentado vir para os Estados Unidos outras vezes, tentamos ficar um pouco em Las Vegas, outra vez em New Jersey. Mas depois dessa (última) luta, a gente teve a oportunidade de ir para a Flórida e as coisas aconteceram muito bem, junto com essa decisão que a gente tomou, de encontrar mais parceiras de treino. A American Top Team abriu as portas, recebeu a gente muito bem e a gente tem treinado lá, tem sido incrível”, contou Lipski, antes de elogiar a quantidade e qualidade de suas novas parceiras de treino.
“Tem muitas meninas (na ATT), muitas meninas boas. Atletas profissionais, que estão sempre lutando em alto nível. Muitas da minha categoria. Então, foi ótimo, elas me receberam muito bem. Todo mundo treinando muito forte, mas sempre tentando ajudar uma a outra. Tem sido incrível. Todo dia uma progressão, a gente está melhorando em alguma coisa. A gente conseguiu achar o que estava procurando”, ressaltou.
Questionada em quais áreas de seu jogo pôde observar maior evolução neste, ainda curto, período como atleta da ‘American Top Team’, Ariane citou a forma como aprendeu a adaptar melhor cada arte marcial ao MMA. Além disso, a curitibana, ciente da necessidade de se aprimorar na defesa de quedas, destacou o trabalho feito, com a ajuda dos profissionais da academia, nas suas habilidades no wrestling.
“Acho que no MMA em geral. Eu sou striker, meu estilo é o muay thai curitibano, sou faixa-roxa de jiu-jitsu e já treinava as posições de wrestling. Mas é um mix, o MMA é uma mistura disso. A gente tem que saber como usar, a distância, tem que adaptar tudo para o MMA. Acho que isso foi a grande diferença. E o wrestling, que foi o que a gente focou em buscar agora, porque eu acho que era a chave principal que estava faltando no meu jogo”, concluiu a lutadora.
Aos 27 anos, Ariane Lipski já possui em seu cartel 19 combates no MMA profissional, dos quais saiu vencedora em 13 oportunidades e foi derrotada em seis ocasiões. Pelo UFC, a ex-campeã peso-mosca do evento polonês ‘KSW’ soma dois triunfos e três reveses.