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Entrevistas

Após decisão dividida, Norma Dumont analisa vitória suada sobre Ketlen Vieira

A vitória de Norma Dumont sobre Ketlen Vieira, no card preliminar do UFC Vegas 110, segue gerando debate entre fãs de MMA. Em um confronto técnico e equilibrado entre duas das principais atletas do peso-galo (61 kg), a mineira levou a melhor por decisão dividida, consolidando mais um passo rumo ao topo da categoria. Em entrevista exclusiva à Ag Fight, a lutadora da ‘Chute Boxe Diego Lima’ analisou o duelo e admitiu que o resultado poderia ter sido favorável à adversária.

Durante a conversa, a atleta conhecida como ‘The Immortal’ explicou como ajustou sua estratégia ao longo da disputa, especialmente após o primeiro round. Segundo ela, as orientações do treinador Diego Lima foram determinantes para modificar sua postura e aumentar o volume de golpes durante a luta.

“Eu lembro da luta inteira. Acabou o primeiro assalto, eu sentei ali e o Diego já deu o start: ‘Você está ligada que ela está tentando entrar a cada um minuto e meio, no final do round, para te colocar para baixo e tentar ganhar o final do round. Seja mais agressiva em pé e se movimente mais’. Voltei para o segundo assalto mais ofensiva, tentando conectar mais golpes, e quando deu um minuto e meio para o fim, ela conseguiu entrar de novo — mérito da Ketlen. Vim muito preparada para as defesas, mas ela fez o trabalho bem-feito. Estava difícil defender as quedas dela”, relatou.

Apesar das investidas da manauara, Dumont manteve a calma ao ser levada ao solo, apostando no controle para neutralizar as tentativas da rival. Para a mineira, a efetividade em impedir que a adversária tivesse contundência no segundo round foi decisiva para conquistar o resultado positivo.

“Na hora que bateu por baixo, eu só travei. Nos primeiros três minutos, ganhei em pé. Faltando um minuto e meio, ela me colocou para baixo. Se eu travar e ela não tiver efetividade, ela não leva o round. Comecei a travar os cotovelos dela, e ela não conseguiu fazer nada. Então, eu sabia que o segundo round tinha sido meu. E no terceiro round, eu sobrei”, explicou.

Visão dos juízes

A lutadora também reconheceu que o combate foi apertado, o que justifica a controvérsia entre os torcedores. Segundo Dumont, disputas equilibradas naturalmente deixam espaço para diferentes interpretações dos juízes.

“Eu acreditava que tinha feito mais, mas não tem como garantir em uma luta equilibrada. Querendo ou não, o primeiro round eu achei que tinha sido dela; o terceiro, com certeza, era meu; e o segundo ficou naquela: eu dominei três minutos, ela me colocou para baixo, mas, na minha visão, não teve contundência. Quando deixa nas mãos dos juízes, é sempre aquele critério. A decisão não é mais sua”, avaliou.

Com o resultado, Norma alcançou a sexta vitória consecutiva e se firmou como uma das principais candidatas ao cinturão atualmente defendido por Kayla Harrison. Apesar do triunfo, a brasileira mantém os pés no chão e ressalta o alto nível técnico apresentado por ambas dentro do octógono.

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Natural do Rio de Janeiro, Geovanne Peçanha se formou em jornalismo na Facha (Faculdades Integradas Hélio Alonso). Com passagens por Lance!, CBF TV, FERJ e outros, é um fanático por esportes. Ex-praticante de Muay Thai, se apaixonou pelo MMA.

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