Nesta quarta-feira (15), o Ultimate realiza seu segundo evento na ‘Ilha da Luta’, em Abu Dhabi (EAU) e vai contar com a presença de Ricardo ‘Carcacinha’ e Taila Santos, como representantes brasileiros no show. No entanto, esse número poderia ser maior se três lutadores não testassem positivo para coronavírus e fossem obrigados a deixar o show, como os casos de Pedro Munhoz, Vinicius ‘Mamute’ e Anderson ‘Berinja’.
Dois desses três mencionados – ‘Mamute’ e ‘Berinja’ – viam a oportunidade de atuar na famosa ‘Ilha da Luta’ como uma chance de redenção na organização, pois estavam pressionados por virem de resultados negativos na franquia. Dessa maneira, em contato com a equipe de reportagem da Ag.Fight os dois lutadores lamentaram muito o fato de terem seus exames positivos para a doença e não poderem atuar.
Em 2018, Vinicius conseguiu um contrato com o Ultimate através do programa Contender Series, que angaria novos talentos para a franquia. Entretanto, desde que estreou na maior liga de MMA do mundo, o brasileiro somou três reveses. Por isso, para esse compromisso diante de Modestas Bukauskas, o peso-meio-pesado (93 kg) havia adiantado um camp perfeito e com todos os cuidados para não contrair o COVID-19. O lutador, inclusive, afirmou que no outro teste que fez após um período de quarentena do primeiro que testou positivo, deu novamente que ele ainda está com o vírus e, por isso, segue sem previsão de quando poderá atuar.
“Foi uma surpresa receber essa infeliz notícia, porque fiz um camp muito bom com muito esforço por conta da pandemia, eu diariamente me deslocava para vários lugares para conseguir treinar. Ainda não sei quando acabará (a quarentena), já que refiz o teste e deu positivo novamente. Aguardo notícias da parte médica e equipe de apoio do UFC. Então estou sem previsão para lutar”, explicou ‘Mamute’, antes de completar.
“Com certeza foi frustrante (ficar de fora da ‘Ilha da Luta’), não somente por ter lutado na ilha, mas também pela ansiedade de obter uma vitória já que estava me sentido muito bem nos treinos”, concluiu.
Anderon ‘Berinja’ ia encarar Jack Shore no evento – Arquivo pessoal
Anderson ‘Berinja’ foi um dos últimos lutadores confirmados para lutar em Abu Dhabi. Somente no início deste mês o peso-galo (61 kg) soube oficialmente que enfrentaria Jack Shore na ‘Ilha da Luta’. E a decepção de ficar de fora do evento foi grande, principalmente por não ter manifestado nenhum sintoma da doença.
“Ser informado que não poderia viajar porque tinha testado positivo para COVID-19 foi terrível, era uma notícia que eu nunca gostaria de receber. Não tive nenhum sintoma, pelo menos nada que me fizesse achar que tinha contraído coronavírus. Então foi muito frustrante não poder lutar na ilha, estava muito animado, com pensamento muito positivo e com pessoas que me amam do meu lado”, contou.
O peso-galo também almejava seu primeiro triunfo dentro da franquia, após duas derrotas seguidas e, dessa maneira, via a possibilidade de fazer uma grande apresentação em Abu Dhabi para ganhar mais moral com os cartolas do UFC. Com seu retorno aos treinamentos marcado para a próxima quinta-feira, ‘Berinja’ já se colocou à disposição da organização para poder atuar o mais rápido possível, para atingir o sonhado resultado positivo e, com isso, ter a expectativa de uma renovação de contrato.
“O UFC ainda não me disse quando vamos voltar a lutar, mas com toda certeza eu estarei pronto quando a hora chegar, ainda tenho esperança de fazer duas lutas esse ano, e trazer a vitória pro Brasil, e consequentemente renovar meu contrato com o UFC. Eu vou enfrentar qualquer um que o UFC me oferecer, não tenho um oponente específico que quero enfrentar, eu só quero trabalhar, estou mais de um ano sem lutar, quero uma nova luta o mais rápido possível”, completou o lutador.