Quando assinou com o UFC em 2023, Jaqueline Amorim chegou despertando altas expectativas nos fãs, já que, à época, detinha um cartel invicto de 6-0, com todas as vitórias sendo pela via rápida e conquistadas no primeiro round. Dona de um estilo explosivo, a peso-palha (52 kg), entretanto, sofreu um “baque” em sua estreia na entidade. Após dominar Sam Hughes no assalto inicial, a brasileira não liquidou a fatura e, ao competir no segundo e terceiro rounds pela primeira vez na carreira, acabou sendo vencida com uma grande queda de rendimento – sobretudo físico. Quase um ano após a experiência, a manauara especialista de jiu-jitsu consegue tirar lições positivas do episódio.
Em entrevista exclusiva à equipe de reportagem da Ag Fight, Jaqueline admitiu que o baque experienciado em sua estreia, que culminou na primeira e até então única derrota da carreira, fez com que ela se atentasse a aspectos do jogo e se tornasse uma lutadora mais completa. E a prova disso veio na luta seguinte. Em seu segundo compromisso no Ultimate, a brasileira competiu durante três assaltos e, mais madura e bem condicionada, derrotou Montserrat Ruiz via nocaute técnico. Com a bagagem adquirida nesses dois desafios na principal liga de MMA do mundo, Amorim se mostra confiante para mostrar sua melhor versão neste sábado (16), no UFC Vegas 88.
“O fato de eu ter lutado três rounds nas minhas duas lutas no UFC, consegui ter uma experiência enorme para trazer para essa próxima luta. Agora, finalmente, sei que estou pronta para lutar três rounds se necessário. Então foi bem importante essas duas lutas terem sido de três rounds. Meu jeito é agressivo, buscando a finalização. Mas caso não aconteça, temos que estar prontos para os três rounds. Foi o que aconteceu na minha estreia. Quando assinei com o UFC, nunca tinha passado do primeiro round das minhas lutas, sempre finalizava antes. Então foi meio que um baque para mim quando passou do primeiro round, porque dei tudo de mim para finalizar, aí chegou o segundo e o terceiro rounds e falei: ‘Caramba, o que eu faço agora?’ (risos). Mas foi bom ter essa experiência, porque agora me dá mais confiança, porque sei que estou pronta se a luta for longa”, explicou a manauara.
Promessa de alto nível na luta agarrada
Em seu terceiro combate no Ultimate, Jaqueline Amorim encara a jovem Cory McKenna, de apenas 24 anos. E o confronto, que reforça o card preliminar do evento, tende a ser disputado sobretudo na luta agarrada e em alto nível. Afinal de contas, tanto a brasileira quanto a galesa possuem como carro-chefe o grappling e o jiu-jitsu.