Neste sábado (24), Angela Hill e Tabatha Ricci medirão forças dentro do octógono do UFC Vegas 96. Alguns anos atrás, no entanto, as rivais da divisão dos palhas (52 kg) estavam no ‘mesmo lado’. Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight (clique aqui), a veterana lutadora americana recordou os treinos compartilhados com a atleta brasileira no passado e analisou os desafios que terá que pela frente para superar sua “chata” adversária.
Mesmo fazendo questão de ressaltar que os resultados dos treinos com Tabatha não representam uma amostra do que vai acontecer dentro do octógono no sábado, Hill destacou a importância de já ter conhecido de perto a capacidade da lutadora brasileira. A americana, inclusive, se mostrou aberta a reeditar no futuro a parceria com ‘Baby Shark’ nos treinamentos.
“Eu acho legal poder sentir a pessoa antes de lutar contra ela. Obviamente, estávamos sendo educadas, e não foi uma luta. Então, eu tento não colocar muito peso nos sucessos que tive na academia. Mas eu só me lembro que ela era muito forte e isso é algo que eu vou estar pensando quando entrar lá, ser capaz de usar sua força contra ela, podendo usar sua pressão contra ela. Mas sim, foi legal quando estávamos treinando juntas. Eu esperava que pudéssemos fazer isso mais, mas as coisas simplesmente não se alinharam. Talvez depois da luta, nós podemos treinar juntas novamente”, relembrou Angela.
Rival “chata”
Questionada sobre os pontos fortes de sua oponente, a americana destacou principalmente a pressão exercida por Tabatha Ricci nas suas adversárias, utilizando-se da força física e da habilidade no grappling. Este, na visão de Angela Hill, será seu maior desafio diante da atleta nascida em Birigui (SP).
“Eu acho que ela é muito boa em vencer rounds. Acho que esse é o maior desafio para mim, porque, às vezes, eu deixo me envolver ou ter aquela ‘visão de tunel’, e só quero acertá-las com muita força ou só quero agarrar e dar joelhada nelas com muita força. Mas aí elas se distanciam e correm. E eu fico apenas perseguindo elas o tempo todo. Eu sinto que só preciso ser realmente consciente disso, me certificar de que estou acertando muito, ter certeza de que estou perseguindo aqueles grandes momentos e não ser pega com ‘visão de tunel’, ser tão teimosa por estar me deparando com essas coisas. Eu acho que o máximo de problemas que ela apresenta é que ela pode ser muito chata e não deixar você usar o plano de jogo que você deseja”, analisou a veterana de 39 anos.
Angela Hill e Tabatha Ricci fazem o ‘co-main event’ do UFC Vegas 96, neste sábado. O confronto coloca frente a frente duas lutadoras que fazem parte do top 15 do peso-palha. A americana ocupa atualmente a 9ª posição do ranking, enquanto a brasileira é a 11ª colocada na classificação geral da categoria.