Em outubro de 2022, André Lima fazia sua estreia nas artes marciais mistas como lutador profissional. E, apenas um ano depois, o brasileiro pode afirmar que já faz parte do plantel da principal liga de MMA do mundo, o UFC. Após se destacar no último episódio da sétima temporada do ‘Contender Series’, realizado na última terça-feira (10), ‘Mascote’, como é conhecido, teve seu desempenho reconhecido e ganhou um contrato das mãos do presidente do Ultimate, Dana White.
Após o triunfo diante do compatriota Rickson Thai, que lhe rendeu a vaga no UFC, André celebrou a conquista de integrar a organização com apenas 24 anos e uma temporada de competição profissional. Mas, apesar de ser um ‘novato’ dentro do MMA, o peso-mosca (57 kg) brasileiro exaltou, em entrevista exclusiva à Ag Fight, seu histórico de competições desde a infância dentro de artes marciais específicas, como o muay thai e o jiu-jitsu.
“Muito feliz com esse passo na minha carreira, em ser contratado pelo UFC. É o sonho de qualquer atleta. Comecei a treinar com nove anos de idade no muay thai. Aos 14, jiu-jitsu. E não parei até hoje. Tenho um ano de experiência no MMA, mas tenho 15 (anos) na luta. Tenho quase cem lutas de muay thai e kickboxing, onde fiz minha carreira. Já competi em bastante evento que até o Alex Poatan estava. Chama (risos). Então tenho uma carreira no kickboxing. Tenho pouco tempo no MMA, mas a vida inteira treinei toda a parte de chão e strking”
Sonho de virar ídolo nacional
Durante o discurso pós-luta, Mascote foi extremamente elogiado por Dana White. O cartola exaltou o ímpeto do brasileiro durante o combate e projetou que André tem potencial para futuramente se tornar um campeão da companhia. Essa é exatamente uma das metas do peso-mosca que, além do cinturão, tem o ousado objetivo de se tornar uma espécie de ídolo nacional através do esporte.
“Falei para ele (Dana) que cheguei para ser o próximo campeão do mundo. Graças a Deus (ele reconheceu meu trabalho). É o significado de que todo trabalho duro vale a pena. Cheguei aqui pronto. Agora é lapidar. Ver quem serão os próximos oponentes, vencê-los, passo a passo, até chegar no cinturão. Vou me tornar um dos ídolos brasileiros. O Brasil precisa de ídolos. Vou ser o perfil do brasileiro, isso está dentro do meu coração e eu represento todo o povo do Nordeste. Quero representar dentro do UFC para o mundo”, projetou Lima.
Com apenas 24, André Mascote se mantém invicto no MMA profissional, com um cartel de sete vitórias – destas, cinco por nocaute ou nocaute técnico – e nenhuma derrota. Com uma temporada de competição de bagagem, o brasileiro é dono de uma incrível assiduidade dentro do octógono – mais de um combate a cada dois meses, em média.