Em junho de 2024, em São Paulo, Anderson Silva e Chael Sonnen lideraram o card do ‘Spaten Fight Night’. Mas a acalorada rivalidade entre os protagonistas do show não foi vista dentro dos ringues, com ambos atletas promovendo um confronto no boxe em ritmo de treino. Na oportunidade, tanto o brasileiro quanto o falastrão americano receberam inúmeras críticas pela chamada “luta morna”. Um ano e meio depois, em entrevista exclusiva à equipe de reportagem da Ag Fight, ‘Spider’ explicou sua postura mais cautelosa na ocasião.
Logo após o evento, Anderson tentou rebater as críticas ao revelar que, por conta do caráter de exibição da disputa, não era permitido nocautear. Mas além desta regra, o striker brasileiro explicou que também havia um acordo informal entre os lutadores, até para convencer Sonnen a viajar para o Brasil e competir em uma modalidade diferente: o boxe. Segundo Spider, o falastrão americano deixou claro que não gostaria de ‘ser exposto’ no combate, já que Silva possui um lastro maior nos ringues. Esse contexto talvez explique o embate sem tantas emoções e que, apesar de dominado pelo ‘atleta da casa’, acabou empatado.
“Nos bastidores, rolaram muitas polêmicas depois (da luta). Mas a grande questão é a seguinte: o Chael não é um lutador de boxe. Ele aceitou, mas ele foi muito claro: ‘Não vou para o Brasil para ser esculhambado pelo Anderson. Aceito lutar, não sou lutador de boxe, já treinei boxe, mas sou lutador de MMA’. O Chael não queria ir para o Brasil, porque ele estava achando que tinha alguma coisa errada por trás. E as pessoas dizendo: ‘Não, fica tranquilo. Vai ser uma luta amigável’. Independente das pessoas terem falado algumas besteiras, a verdade é essa. Ele não queria nem vir para o Brasil para fazer essa luta”, explicou ‘Spider’.
Caráter de exibição
A promoção do evento nos meses que precederam a luta foi grande, e destacava Sonnen como um arquirrival de Anderson, pelo histórico emblemático de ambos nos tempos de UFC. Mas próximos dos 50 anos e em outros momentos na carreira, os veteranos sabiam que a principal meta para a disputa seria relembrar a história rivalidade de forma nostálgica. E não, necessariamente, darem tudo de si no ringue em busca de um eventual nocaute.
“Para mim, foi uma luta de exibição. Logicamente que eu poderia ter usado um pouco mais de força nos golpes. Poderia ter colocado golpes mais contundentes? Óbvio que sim. Mas não era esse o objetivo. O objetivo era trazer a nostalgia de colocar esses dois caras de volta ali. E, infelizmente, algumas pessoas não entenderam isso”, complementou o ex-campeão peso-médio (84 kg) do UFC, em papo exclusivo com a Ag Fight.
Retorno aos ringues
Enquanto relembra um confronto de 2024, Anderson se prepara para subir novamente ao ringue nos próximos dias. Nesta sexta-feira (19), em Miami (EUA), Spider medirá forças contra o ex-campeão meio-médio (77 kg) do UFC Tyron Woodley. A disputa, que dessa vez promete ser à vera, encorpa o card liderado pelo combate entre o youtuber que virou pugilista Jake Paul e o ex-campeão mundial da nobre arte entre os pesos-pesados Anthony Joshua.
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