Veterano do MMA, Alexandre Pantoja é um dos grandes nomes da história do peso-mosca (57 kg) e segue em destaque na categoria. Mas, como o topo da divisão se encontra travado após o terceiro duelo entre Deiveson Figueiredo e Brandon Moreno, realizado em janeiro, na California (EUA), o atleta tem dificuldade para disputar o título. Mesmo assim, o profissional procura ser imparcial ao avaliar o cenário envolvendo os cinco primeiros colocados no ranking.
Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight (veja acima ou clique aqui), Pantoja enalteceu o atual momento do peso-mosca do UFC, por conta de sua competitividade, e surpreendeu ao tirar seu nome de cogitação para a próxima disputa de título. Vale pontuar que o veterano vive boa fase no MMA, com duas vitórias seguidas e em quarto lugar no ranking da categoria. De acordo com o atleta, por mais que Deiveson expresse o interesse em enfrentar Kai Kara-France, o justo a se fazer na divisão é a quarta luta entre o campeão e Moreno, já que a rivalidade após três combates está empatada (uma igualdade e uma vitória para cada lado).
“Fico feliz por estar fazendo parte desse momento da categoria, de ser um dos caras que está proporcionando esse aumento da divisão. Está uma briga muito interessante, muito boa. Eu acho que vai ser casada a luta do Deiveson com o Moreno. Não tem para onde correr. Por mais que eu não queira e a categoria precise rodar, não tem para onde fugir. Só não pode ser uma luta parelha igual a outra. Também acho que a luta com o Kai Kara venderia bastante. Acho que minha luta com o Deiveson também poderia vender no Brasil. Poderíamos fazer um main event no Brasil algo assim desse tipo. Mas sou pé no chão e tranquilo quanto a isso. Tenho certeza que não vão me dar a disputa pelo titulo agora”
Antes da trilogia entre os rivais acontecer, Moreno era o campeão do peso-mosca do UFC e chegou a topar enfrentar Pantoja. Após finalizar Brandon Royval, em agosto, o brasileiro, ainda no octógono, desafiou ‘The Assassin Baby’, que sorriu e acenou positivamente para o mesmo. Contudo, o atleta passou por uma cirurgia no joelho e deu espaço para ‘Daico’ assumir a disputa pelo título. Apesar do desejo de conquistar o cinturão da categoria, o veterano indicou que tomou a decisão correta, pois, se atuasse sem estar preparado, poderia desperdiçar a oportunidade de alcançar o topo da divisão e agravar a lesão.
“Eu estava com uma mão no cinturão. Tinha acabado de sair da cirurgia e me ligaram no mesmo dia. Me perguntaram se eu lutaria pelo cinturão, mas tinha acabado de operar. Não tinha nem como querer travar a categoria. Não ia agir de má fé e nem ia fazer isso comigo, de querer voltar rápido. Talvez, se não tivesse operado, eu lutaria. Adiaria a operação, ia ganhar a grana para ver o que acontece, mas não foi o caso. Abri mão e caiu na mão do Deiveson”, concluiu.